quarta-feira, 24 de julho de 2019

Polícia investiga mortes de grávida e bebê, em Rio Verde

Jovem de 25 anos, que já tinha dois filhos de 4 e 10 anos, morreu após passar por atendimento em maternidade do município. Família denuncia que houve negligência.


Polícia investiga morte de grávida e bebê, em Rio Verde

A Polícia Civil está investigando a morte de uma grávida, de 25 anos, e do bebê dela, em Rio Verde, no sudoeste do estado. A jovem, que estava no quinto mês de gestação, morreu nesta segunda-feira (22) após passar por atendimento em uma maternidade da cidade. Os familiares denunciaram a unidade hospitalar por suposta negligência. Tatiana Oliveira Silva Cunha já tinha dois filhos, de 4 e 10 anos.

Em nota enviada à TV Anhanguera, a Clínica e Maternidade Modelo informou que vai se “manifestar sobre os atendimentos prestados à paciente, somente perante às autoridades competentes e que a paciente “recebeu toda atenção, cuidados, assistência e medicamentos adequados à sua situação”.

De acordo com o que foi relatado pela família de Tatiana no 1.º Distrito Policial de Rio verde, onde o inquérito foi aberto, a jovem não teria recebido o atendimento adequado no local.

Segundo relatado pela família, na quinta-feira passada a mulher foi internada na maternidade com dores e ficou até sábado. No domingo, segundo consta no registro policial, ela sentiu dores na barriga e voltou para o hospital.

De acordo com pai da jovem, Edilson Silva, depois de exames um médico informou que a criança estava morta.

Ainda segundo os familiares, Tatiana permaneceu com a criança na barriga até às 5h do dia seguinte, quando a equipe da maternidade teria decidido pela transferência dela, no entanto ela teria tido duas paradas cardíacas e morreu ao dar entrada em outra unidade do município.

A família pede justiça e quer saber o que aconteceu. "Eu quero que seja esclarecido, porque a minha filha ficou lá com a neném na barriga. Ele [médico] sabia que ela [bebê] estava morta, ele podia ter tirado e deixou a minha morrer de graça", disse Edilson Silva.

De acordo com o delegado, Maurício Santana, disse que o caso foi registrado inicialmente como mortes a esclarecer, já que será apurada não só a morte da mãe, mas também do bebê.

“Como as informações sobre ao atendimento são muito técnicas, vamos aguardar o laudo cadavérico e já solicitamos os prontuários da maternidade. Assim que tiver acesso aos nomes dos médicos e enfermeiros que atenderam a gestante, vamos iniciar as oitivas [depoimentos]”, informou o delegado.

O corpo de Tatiana permaneceu no Instituto Médico Legal (IML) de Rio Verde por 12 horas, sendo liberado na noite da segunda e foi sepultado por volta das 11h desta terça-feira (23), no cemitério São Sebastião, em Rio Verde.

Tatiana Oliveira Silva Cunha, 25 anos, e o bebê que ela esperava morreram em Rio Verde

Nota na íntegra da maternidade:

“Procurados pela imprensa através da TV ANHANGUERA, fazemos publicar que:

1) O Conselho Federal de Medicina não permite a exposição de paciente, sem sua autorização ou autorização de quem de direito, razão pela qual, nos reservamos o direito de manifestar sobre os atendimentos prestados à paciente, somente perante às autoridades competentes;

2) Asseguramos, conforme registro nos documentos médicos já disponíveis para as autoridades que a paciente e seu filho, na condição intrauterina recebeu toda atenção, cuidados, assistência e medicamentos adequados à sua situação;

3) Que como será comprovado oportunamente. Nem sempre o ser humano responde satisfatoriamente aos tratamentos recebidos, infelizmente.

4) Eu pessoalmente e toda a nossa equipe, lamentamos sinceramente a perda sofrida pela família e por todos nós que lutamos incansavelmente para manter a vida e a saúde de mãe e filho.

À direção da unidade”.



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