Foram detidos onze pessoas, incluindo 5 médicos e o proprietário de uma farmácia numa megaoperação da Polícia Judiciária. São suspeitos de fraudes relacionadas com a prescrição de receitas falsas. Foram detidos cinco médicos, um proprietário de uma farmácia e cinco outros indivíduos, suspeitos de fraudes com a prescrição de receitas médicas, confirmou o Observador junto da Polícia Judiciária.
Segundo um comunicado da PJ, esta megaoperação, batizada como “Antídoto”, que visa o combate à fraude no Sistema Nacional de Saúde (SNS) está a decorrer em vários pontos do país, em consultórios médicos, estabelecimentos de saúde e residências. Em causa estão crimes de corrupção, burla, falsificação de documento e associação criminosa — os médicos passavam receitas de medicamentos caros com comparticipação em 100% do SNS, num esquema que terá causado um prejuízo ao SNS em cerca de um milhão de euros.
A operação com 30 mandatos de busca e 11 de detenção é da responsabilidade da Unidade Nacional do Combate à Corrupção e está a ser realizada por 110 elementos da PJ, com a colaboração de vários elementos dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e do INFARMED, a autoridade nacional do medicamento e produtos de saúde.
O processo está a ser acompanhado por três procuradores do DIAP (Departamento de Investigação de Ação Penal) de Sintra, na presença de dois Juízes do Tribunal Judicial da Comarca de Sintra. Os detidos, com idades entre 40 e os 79 anos, vão ser presentes às autoridades judiciárias competentes para o primeiro interrogatório e a aplicação de medidas de coação.
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