quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Casal acusa erro médico no HM

HM | "Falaram que era normal", diz paciente sobre arranhões em filho
Arquivo | TODODIA Imagem


Um casal afirma que seu filho foi vítima de erro médico no HM (Hospital Municipal) Waldemar Tebaldi, em Americana Eles apontam que, no parto da mulher, que estava grávida de 39 semanas, o médico rompeu a bolsa com uma agulha para facilitar o procedimento e a bebê nasceu com arranhões nas nádegas. Eles temem que a filha tenha algum problema grave, registraram BO (Boletim de Ocorrência) e pretendem processar o hospital. A prefeitura apura o caso.

A mãe, uma doméstica de 34 anos, foi ao hospital no sábado, com dor. Após ser dispensada por ainda não estar em trabalho de parto, ela voltou na mesma noite, quando as dores aumentaram. A mulher relatou que foi internada na madrugada de domingo e teve dificuldades no trabalho de parto.

"Chegou uma hora em que eu não aguentava mais. Não conseguia mais fazer força, estava sangrando, minha pressão subiu, pedi para ser cesárea que eu não aguentava mais. O médico disse que estava dilatando e que ia ser parto normal. Ele mediu minha pressão, viu que estava alta e voltou com uma agulha para furar a bolsa e estimular a saída da criança", afirmou.

Segundo a doméstica, o médico afirmou que a bolsa estava dura após estourar. "Ele disse que não era para doer, que nunca tinha visto uma bolsa como aquela e continuou enfiando a agulha", narrou. Em seguida, o médico informou que a bebê havia defecado dentro da mãe e fez o parto por cesárea às pressas, acrescentou a doméstica. "Me rasgou tudo", acusou.

Depois que a bebê nasceu, o pai da criança, um pintor de 32 anos, foi pegá-la no colo pela primeira vez. Ele disse que percebeu imediatamente que as nádegas da bebê estavam machucadas.

"O susto foi imenso. Achei que podia ser grave, pedi para verem se tinha algo mais, os arranhões eram bem feios. Não quiseram fazer exames e falaram que era normal. Não teve desculpas de ninguém", afirmou ele. De acordo com o pintor, o médico receitou pomadas para passar no local para cicatrizar as feridas.

O casal registrou boletim de ocorrência e diz que vai processar o médico. O caso está sob responsabilidade do 3° DP (Distrito Policial) e foi registrado como lesão corporal culposa. Eles devem realizar exame de corpo delito na criança hoje, no IML (Instituto Médico Legal), e têm até seis meses para representar contra o médico.

"Pode acontecer alguma coisa com ela, estamos preocupados", comentou o pai.

O TODODIA não conseguiu localizar o médico pelo Facebook e em catálogo telefônico online. No hospital, a informação divulgada foi de que ele não estava de plantão na noite de ontem.

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