quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Família denuncia hospital após morte de menino de 4 anos

Criança foi levada ao hospital no sábado, acabou dispensada e morreu no domingo

Renan tinha 4 anos: família critica atendimento de hospital

A família do pequeno Renan Gomes Suzarte, de apenas 4 anos, denunciou o Hospital Municipal de Monte Mor por negligência após a morte do menino, na tarde deste domingo (22).

Os pais levaram Renan ao hospital na manhã de sábado, com febre baixa, coriza e tosse. Ele foi medicado e liberado, mas à noite retornou porque estava com dores na região do abdômem. Os médicos pediram que os pais levassem a criança no domingo para fazer exames.

Pelos documentos do hospital, é possível ver que a criança fez exames de sangue e urina no domingo de manhã. Mas, à tarde um raio-x finalmente apontou que Renan estava com penumonia.

Pelas anotações do pronto atendimento, às 17h Renan teve uma parada cardíaca e às 18h morreu. Já no prontuário da enfermagem, a enfermeira-chefe pede a notificação para doenças hemorrágicas.

Um outro documento confirma a dúvida da causa da morte: dengue hemorrágica ou pneumonia. Renan foi enterrado nesta segunda-feira (23).

O hospital informou que os procedimentos foram corretos e que no sábado os sintomas do menino indicavam apenas uma virose. Uma sindicância só será aberta depois que o laudo do IML (Instituto Médico Legal) com as causas da morte for divulgado.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que corpo do menino foi liberado para a família às 7h desta segunda-feira. O laudo com a causa da morte não foi concluído, pois o médico-legista solicitou um novo exame. Após a finalização, o laudo é encaminhado ao delegado do caso que poderá dar uma cópia aos familiares. A ocorrência foi registrada como morte suspeita e está sendo investigada pela Delegacia de Monte Mor.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou que também abrirá uma sindicânca para apurar a conduta dos profissionais responsáveis pelo atendimento. De acordo com o Cremesp, a sindicância leva, em média, de seis meses a dois anos para ser concluída.

Se for considerado culpado, o profissional pode receber cinco penas: advertência confidencial em aviso reservado; censura confidencial em aviso reservado; censura pública em publicação oficial; suspensão do exercício profissional por até 30 dias ou cassação do exercício profissional.

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