Falsa médica usou o Google para diagnosticar nariz quebrado, diz paciente
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Uma mulher foi presa, suspeita de atuar como falsa médica na Santa Casa de Ibirá, no interior paulista. De acordo com informações da polícia, a suspeita, de 41 anos, atendia usando o nome de uma médica de São Paulo – o carimbo usado nas receitas com o número do CRM teria sido furtado da clínica da profissional. Em um dos casos, de um paciente em Tabapuã (SP), ela chegou a pesquisar no Google o diagnóstico sobre o que fazer em caso de nariz quebrado pelo celular:
“Eu cheguei para a consulta e ela pegou o celular. Expliquei que levei uma pancada no nariz e ela começou a pesquisar no Google. Disse para eu ficar de repouso por uma hora no hospital. Se eu tivesse ânsia de vômito seria mais sério”, afirmou o operador de lojas Luan Henrique dos Santos.
Henrique disse que quebrou o nariz enquanto cortava galhos de uma árvore na casa dele. Após o acidente, foi até o hospital da cidade e a falsa médica era a plantonista na hora. Ele estava com a mãe e uma tia, e elas chegaram a pedir um raio X, mas a falsa médica disse que não era necessário. Henrique então procurou um hospital em Catanduva (SP).
“Eu fui então procurar um hospital em Catanduva fazer o raio X e aí constatou que estava com o nariz quebrado. Ela não tinha passado nenhuma medicação para dor”, afirmou.
A polícia informou que a falsa médica confessou o crime de usar o carimbo furtado na delegacia e deve responder por falsa identidade e exercício ilegal da profissão. A suspeita disse também que é formada em medicina na Bolívia, mas não apresentou documentação.
A Santa Casa de Ibirá, onde a estelionatária trabalhou, disse que foi induzida ao erro pela criminosa, que apresentou os documentos necessários pra contratação. O delegado que investiga o caso disse que emitiu um aviso para outras delegacias e que vai solicitar que outras vítimas sejam ouvidas sobre o caso. A polícia chegou até a estelionatária depois de denúncia dos próprios funcionários do local, que desconfiaram dela.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou também que abriu sindicância para investigar como ela conseguiu atender tantos pacientes.
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