quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Erro Médico -Recém-nascido morre e família denuncia hospital no Mato Grosso



A família da paciente Andréa Marcilene Aires Garcia, de 22 anos, fez uma denúncia contra o Hospital São Luiz, em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, por supostos erros cometidos durante o parto. A mãe da jovem, Nilza Aires, disse que os médicos insistiram em fazer o parto normal, mas, depois que viram que o tamanho do bebê, tentaram forçar o retorno dele ao útero para uma cesariana. O bebê morreu três dias após o nascimento.

A assessoria jurídica do Hospital São Luiz, informou que a unidade não tem conhecimento sobre o fato.

“A cabeça saiu, mas o corpo não. Colocaram uma enfermeira em cima dela para empurrar o bebê”, contou Nilza.

Grávida de nove meses, Andréa foi internada com sangramento no dia 25 de outubro, no Hospital São Luiz. O bebê faleceu três dias após o parto. De acordo com Nilza, o hospital informou à família que o bebê havia sofrido uma parada cardíaca.

O marido da jovem, Rosanio Oliveira da Silva, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil do município, no dia 28 de outubro, no dia da morte do filho.

A mãe da jovem contou que, no dia em que a filha entrou em trabalho de parto, foi levada até o Pronto Socorro Municipal de Cáceres e de lá os médicos a encaminharam para o Hospital São Luiz.

“O médico mandou ela de volta para casa. Quando deu 23h ela me ligou dizendo que estava com um sangramento e passando muito mal”, lembrou Nilza.

À polícia, Rosanio informou que as médicas responsáveis pelo parto perceberam que o bebê era muito grande, porém, insistiram em não submeter a jovem à uma cesárea.

Nilza contou que por volta das 15h daquele dia a jovem foi encaminhada para a cirurgia. A família informou o hospital que ela não estava apta para o parto normal.

“Durante o pré-natal o médico sempre disse que deveria ser feita uma cesárea. Eu alertei os médicos no dia do parto, mas disseram que seria normal. Minha filha é muito pequena e o bebê era grande”, disse a mãe.

O Hospital São Luiz informou que, de fato, as médicas denunciadas pela família trabalham na unidade, mas que desconhece o caso.

Segundo Nilza, uma enfermeira chegou a subir na barriga de Andréa para tentar fazer com que o bebê saísse.

“A cabeça saiu, mas o corpo não. Quando viram que o bebê não ia sair, o empurraram de volta para dentro e fizeram a cesárea. Ela (paciente) tomou oito pontos”, lembrou.

De acordo com o boletim de ocorrência, o bebê teve uma parada cardíaca após o nascimento e foi encaminhado para a UTI neonatal do hospital, onde ficou internado durante três dias.

“Ele aspirou líquido durante o parto e o médico falou que atingiu todos os órgãos dele. Se ele sobrevivesse, teria graves sequelas. Quando estava na UTI tentaram ver se ele se movia, mas ele morreu”, contou.

A mãe da jovem contou que Andréa desmaiou após o parto e precisou de quatro transfusões de sangue, sendo quatro bolsas no total.

“O pai da criança está com depressão. Estou tendo que cuidar da minha filha, pois foi um trauma para ela”, disse.

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