Caso ocorreu no Hospital Municipal de São Vicente, no litoral paulista. Prefeitura irá investigar o atendimento.
Eduarda Francisco de Anunciação Sampaio, de 27 anos, chegou ao Hospital Municipal de São Vicente, no litoral de São Paulo, com dores abdominais causadas por uma infecção urinária. Dias depois, ela saiu da unidade com três pinos no ombro e sem o movimento do braço direito. Segundo a jovem, a equipe médica do hospital cometeu um erro durante uma cirurgia.
Eduarda conta que, na madrugada de 4 de setembro, foi até o Hospital Municipal, antigo Crei, por estar com fortes dores abdominais. Ela foi medicada e estava aguardando para fazer um exame de sangue, quando convulsionou e caiu no corredor da unidade.
Com a queda, Eduarda fraturou o braço direito e foi imediatamente encaminhada à emergência. No dia seguinte, pela manhã, após realizar um exame de raios-X, foi constatado que o braço dela estava quebrado. “Eles me internaram, para que eu pudesse fazer a cirurgia que colocaria o meu ombro no lugar novamente. Até então, apesar do braço quebrado, eu movimentava as mãos normalmente”, explica.
A cirurgia ocorreu em 11 de setembro e, no dia seguinte, Eduarda notou que não estava sentindo o braço direito. Ela relatou o fato a uma enfermeira, que lhe disse ser normal, por conta da anestesia, mas que em dois dias ela voltaria a sentir o braço normalmente.
Jovem ficou sem os movimentos do braço após cirurgia (Foto: Arquivo Pessoal) |
“Passou uma semana e eu ainda não sentia o meu braço. Voltei para a consulta de retorno com o médico do hospital e, com exames, ele constatou que eu tinha sofrido uma lesão do plexo braquial. E isso aconteceu durante a cirurgia, eles lesionaram meu nervo”, conta.
No dia 16 de outubro, Eduarda foi internada novamente, para que pudesse passar por um neurocirurgião, que realizaria uma nova cirurgia que recuperaria os movimentos do braço. “Fiquei 11 dias internada e nada. Disseram que um neuro de outro hospital, em Santos, tinha se interessado pelo meu caso, mas não conseguiram transferência”, disse.
Depois de receber alta, sem passar pelo novo procedimento, a jovem disse que foi marcada uma nova consulta com o neurocirurgião para 28 de dezembro. “Até lá, eu estou dependendo sempre da ajuda de alguém. Por um erro deles, eu não consigo comer sozinha, não consigo me vestir. Eu, que morava sozinha, tive que me mudar para ter ajuda 24 horas por dia. É uma situação horrível”, desabafa.
Por meio de nota, a Prefeitura de São Vicente informou que irá checar o prontuário da paciente na segunda-feira (6) para verificar os procedimentos adotados no atendimento.
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