A família responsabiliza o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla pela morte da criança. Aylla tinha apenas 21 dias de vida.
Bebê que morreu por falta de atendimento médico é enterrada |
Foi enterrada na manhã deste sábado (29), a bebê Aylla Vitória Cunha de Souza, de apenas 21 dias, que morreu na porta do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari. A família responsabiliza a unidade, afirmando que a criança passava mal e vomitava mas, ainda assim, teve que esperar 11 horas para receber atendimento.
"Não existe dor maior que perder um filho. Antes de eu registrá-la, eu fiz um cartão do SUS. Agora eu me pergunto por quê?", questionou a mãe de Aylla, Andressa Barbosa.
A luta por atendimento no Ronaldo Gazolla foi na quarta-feira (26). A família disse que deu entrada na unidade às 9h e esperou até as 20h sem nenhum atendimento.
Os parentes da menina chegaram a pensar em ir até o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, mas não tinham dinheiro – conseguiram apenas o valor para voltarem para casa, na Pavuna.
Às 4h, eles voltaram ao hospital, mas já era tarde – Aylla havia morrido.
A Prefeitura do Rio informou que a criança foi atendida às 11h e que os médicos pediram a transferência da Aylla a uma emergência pediátrica. Disseram, ainda, que uma ambulância levaria a menina às 19h, mas a família já não estava mais lá.
Os parentes negam as afirmações feitas pelo município.
"Isso não é verdade. Não teve atendimento de ambulância, não havia nenhuma disponível. A única que apareceu foi a que levou minha esposa ao hospital em Realengo, depois que ela caiu e bateu com a cabeça", disse o pai da menina, Giovani Barbosa.
A família registrou o caso na delegacia de Ricardo de Albuquerque como negligência médica.
A Prefeitura do Rio informou ter aberto sindicância para apurar o atendimento prestado ao bebê e começou a ouvir funcionários que estavam de plantão. A comissão formada para investigar este caso tem um prazo de 45 dias para apresentar uma conclusão.
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