quarta-feira, 28 de junho de 2017

Associação ajuda vítimas de negligência

Primeira associação de apoio em Portugal já recebeu 300 contactos desde o início do ano.
 
Elisabete Carvalho é a Presidente da primeira associação de apoio às vítimas de erro médico
Bruno Colaço
 
Cerca de 300 pessoas, entre familiares e vítimas de negligência médica, contactaram desde o início do ano a primeira associação de apoio a quem sofreu ou ficou com mazelas devido a erros médicos nas unidades de saúde em Portugal. Apesar de já funcionar desde janeiro, a apresentação pública da Negli.Med é hoje em Cascais.

"São pessoas que foram vítimas de más práticas nos hospitais, que ficaram com mazelas para toda a vida, que desconheciam os seus direitos em situações de erro médico", explica ao CM Elisabete Carvalho, presidente da associação Negli.Med, também ela vítima de um caso de negligência médica.

"O meu processo começou em 2010, quando tive uma infeção generalizada após uma cirurgia numa unidade privada. Dois anos depois, quando me senti com forças, procurei saber o que podia fazer e encontrei um enorme vazio", acrescenta. Foi para combater esse vazio que Elisabete Carvalho decidiu criar uma associação de apoio às vítimas: "É inadmissível que um processo demore anos em tribunal para haver o reconhecimento do erro médico. Um dos nossos objetivos é apoiar, informar e encaminhar as vítimas ou famílias". Na apresentação pública da Negli.Med vai estar uma associação espanhola de apoio a vítimas, com 20 anos, e especialistas em erro médico. André Dias Pereira, presidente do Centro de Direito Biomédico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, é um dos oradores presentes.
 
 

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