Um paciente internado no Pronto-Socorro de Cuiabá pode ter tido uma das pernas amputadas erradamente. A cirurgia foi realizada há três dias.
O homem, que foi transferido da Santa Casa após uma parada cardíaca, chegou ao PS já com quadro bastante complicado e morreu no fim de semana. O prefeito Emanuel Pinheiro determinou a apuração do fato. "Fiquei sabendo (do caso) e não vou prevaricar. Vou tomar todas as providências necessárias para punir do médico a quem for de direito. Amputaram a perna errada e tiveram que amputar a outra (certa). A pessoa está entre a vida e a morte", afirmou Pinheiro em entrevista na manhã de ontem ao programa "Notícia de Frente", da TV Record.
Pinheiro garantiu que um procedimento foi aberto para apurar o que ocorreu. Ele destacou ainda que desde o início de seu mandato, no início deste ano, a humanização da Saúde é sua prioridade. "Estou desde fevereiro me desdobrando num projeto. Vou mudar o sistema e fazer a saúde avançar", garantiu.
Para o prefeito, o setor é um desafio. Para vencê-lo, a promessa é o lançamento de ações, denominadas "Choque de Gestão", a partir de 3 de julho próximo. "O serviço (hoje) prestado à população não tem nada de humanizado. São R$ 700 milhões por ano, o que não é um dinheiro que resolva todos os problemas da saúde. Agora, é um dinheiro que dá para melhorar muito a saúde que está sendo ofertada, tanto a saúde básica como a média e de alta complexidade", afiançou.
Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o paciente é de Várzea Grande, era portador de hipertensão e diabético. Ele deu entrada na unidade em estado grave. "A Comissão de Ética do HMPS de reuniu nesta segunda-feira para tomar as providências cabíveis", informou.
Logo que assumiu a prefeitura, Pinheiro esteve verificando "in loco" as condições do Pronto-Socorro e constatou a situação caótica em que os pacientes de encontravam espalhados pelos corredores do hospital.
Já em maio passado, a Comissão de Saúde da Câmara da Câmara de Vereadores da capital esteve visitando o Pronto-Socorro e mais uma vez constatou problemas de superlotação e de infraestrutura. À época foi informado que aproximadamente 2,5 mil pessoas aguardam na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) por uma cirurgia ortopédica na capital.
Os principais motivos apontados para esta demanda são os atrasos no repasse de recursos por parte do governo do Estado, na ordem de R$ 40 milhões, e a falta de equipamentos para realizar os procedimentos cirúrgicos. A demora no atendimento ocasiona sequelas, o que aumenta o tempo e o custo do tratamento.
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