Menina de 1 ano levou mais de 17h para chegar de Mafra até hospital de Joinville. Para defensor geral, burocracia prevaleceu sobre o bom senso.
Criança morre devido a problemas com ambulância (Foto: Reprodução RBS TV) |
O Conselho Regional de Medicina em Santa Catarina afirma que abriu uma sindicância pra apurar se houve negligência ou não por parte dos médicos que fizeram o atendimento a uma bebê de 1 ano. Ela morreu no último dia 10 de complicações por pneumonia, no Norte do estado, depois levar mais de 15h para ser transferida para uma UTI infantil. Houve falta de combustível em ambulâncias.
A viagem de Mafra até Joinville custaria cerca de R$ 40. A família da criança chegou a se oferecer para pagar a gasolina das ambulâncias. O relatório de atendimento mostra que pelo menos três médicos reguladores do Samu não permitiram que as ambulâncias fossem abastecidas dessa forma (veja detalhes do impasse mais abaixo).
Como mostrou o RBS Notícias desta segunda-feira (19), a investigação começou na semana passada, depois que as denúncias vieram à tona. Não há prazo para conclusão da sindicância. O caso também é investigado pelo Ministério Público de Contas, pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil.
Burocracia x bom senso
O defensor geral Ralf Zimmer afirma que, nesse caso, a burocracia ficou acima do bom senso. "Jamais um servidor seria punido por desrespeitar uma regra administrativa para salvar uma vida".
"O agente público deve pensar,sim, como agente público, mas em casos extremos, como era o caso que envolvia a vida de uma criança, ele tem que estar treinado a pensar antes de tudo como um cidadão", completou o defensor.
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