Família aponta suposto erro médico na unidade de Catanduva (O Regional) |
A família de uma mulher de 33 anos, que morreu na última semana, aponta para um suposto erro médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Os relatos são de que a vítima teria apresentado sintomas como dores no peito e formigamento nas mãos, mas teria sido tratada por crise nervosa. A assessoria de imprensa da UPA disse, por meio de nota, que exames necessários foram realizados.
Nossa reportagem conversou na tarde de ontem (26) com Mariana de Barros cunhada da vítima. No relato, ela aponta que a parente teria passado mal no dia 19 de junho e teria ido até a UPA. Entre os sintomas que ela teria relato estavam fortes dores no peito que se estendiam para os braços e causavam formigamentos nas mãos. “Daí ela foi para a UPA, chegou lá, não fizeram exame, medicaram como se fosse uma crise nervosa, medicaram e liberaram ela. Mas as dores continuavam. Não foi feita a receita, só deram um atestado médico de um dia”, disse Mariana.
A cunhada da vítima aponta que no dia seguinte, terça-feira, dia 20 de junho, ela teria tido um novo mal-estar enquanto estava em um salão com a manicure. “Foi as 11h30 e ela caiu no chão. Elas chamaram o SAMU, enquanto o SAMU chegava, veio um farmacêutico medir a pressão dela que estava em oito por cinco, aproximadamente, não sei como estava exatamente. O SAMU chegou e ela estabilizou. O meu irmão falou que mesmo ela estando estabilizada era para ela ir para a UPA. Minha cunhada entrou no SAMU andando, sentou, estava conversando normal”, disse Mariana.
A sogra da paciente a teria acompanhado no veículo e dez minutos depois, no trajeto para a UPA ela teria tido um novo mal-estar. “Quando chegou no viaduto ela começou a passar mal, se contorceu de dor na maca e teve uma parada respiratória”, explica Mariana.
A família aponta para suposta negligência médica. “Ela falou que estava com dores na segunda-feira, na UPA, qualquer médico fala que é princípio de infarto. Porque não encaminhou para o hospital, fizesse qualquer coisa. Acreditamos que a morte dela poderia ter sido evitada”, lamenta a cunhada da vítima. A paciente era mãe de uma menina de nove anos. Abalados, os familiares assinaram o termo para não verificar qual teria sido a causa da morte.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) disse por meio de nota que “no primeiro atendimento realizado dia 19, a paciente chegou à unidade e de imediato foram realizados os exames necessários. Não havendo alterações nos resultados, a paciente foi liberada e orientada a procurar a Unidade de Saúde do bairro onde residia para tratamento com especialista”, informa o comunicado oficial.
“Um dia após o primeiro atendimento, a paciente deu entrada na unidade, já sem vida.
A equipe da unidade solicitou autorização da família para encaminhar o caso ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), entretanto foi negado pelos familiares.
A equipe da UPA 24 horas, que sempre atendeu com respeito e comprometimento, que todo ser humano merece, lamenta a morte da jovem e se solidariza com a sua família, colocando-se à inteira disposição para todos os esclarecimentos que se fizerem necessário”, finaliza.
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