sexta-feira, 9 de junho de 2017

CRM-MT recebeu denúncias contra 88 médicos por erro ou falta de ética neste ano

Em média, 20 casos já foram julgados até o mês de maio. Recentemente, um médico de Cáceres foi denunciado por violência obstétrica após bebê morrer.
 
 
Dados são do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT)
 (Foto: Divulgação/CRM-MT)
 
Em 2017, o Conselho Regional de Medicina em Mato Grosso (CRM-MT) recebeu denúncias contra 88 médicos por erro ou suposta falta de ética em todo o estado. A informação é da presidente do órgão, Maria de Fátima de Carvalho Ferreira. Segundo ela, os casos denunciados são analisados por uma sindicância que analisa provas e colhe depoimentos das pessoas envolvidas. Em média, 20 casos já foram julgados até o mês de maio.
 
Recentemente, o médico Jarbes Balieiro Damasceno foi denunciado pelo pai de um bebê que morreu cinco dias do parto. O pai da criança, Roni William Cuiabano do Couto, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, contra o profissional. A mulher dele, Rosa Maria Martins Pires, de 27 anos, disse que o médico agiu com grosseria e a ofendeu durante o procedimento.
 
As denúncias, segundo o CRM-MT, são sempre feitas nas subseções onde fato aconteceu. O relato pode ser feito pessoalmente ou através de órgãos como o Ministério Público Estadual (MPE). No primeiro caso, a própria vítima apresenta provas contra o profissional.
 
O primeiro passo é a abertura de uma sindicância para a coleta de provas e oitivas, quando as testemunhas prestam depoimento. Um conselheiro fica responsável por analisar os documentos e emitir um parecer sobre o caso. A partir daí, a denúncia pode tramitar por meio de uma câmara ética ou em um processo.
 
De acordo com o CRM-MT, 20 denúncias, em média, foram julgadas pelo órgão. A maior parte dos profissionais envolvidos foram absolvidos.
 
Para a presidente do órgão, o número de casos investigados está dentro da média dos outros conselhos espalhados pelo país. “Tendo em vista o número de médicos que nós temos, o número de denúncias é aceitável. Vale lembrar, que às vezes não há um erro, mas uma falta de conversa e entendimento entre o paciente e o médico”, afirmou.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário