sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Sindicância é aberta para apurar atendimento de criança no Lourenço Jorge

A família acusa a equipe médica de ter perfurado a veia femoral da criança

foto: internet

Uma sindicância vai apurar se houve erro médico no atendimento de uma menina de 10 anos, internada no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Zona Oeste do Rio.

A família da criança acusa a equipe médica de perfurar a veia femoral da criança durante uma cirurgia realizada nesta quinta-feira (30). Em nota, a direção da unidade de saúde informou que houve uma intercorrência durante a operação.

Ainda de acordo com o hospital, a paciente está na UTI e apresenta quadro de saúde estável.

Delegado prende médico para obrigar necropsia sem insumos e local adequado

Gazeta Digital
Um médico legista de 67 anos que se recusou a fazer um exame de necropsia por falta de materiais e insumos no município de Colniza (1.065 km a noroeste de Cuiabá) foi preso pelo delegado Edison Ricardo Pick, da Polícia Civil, e autuado por obstrução de Justiça. A prisão é classificada como "absurda" e o delegado acusado de abuso de autoridade. Por isso, o Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) foi acionado para tomar as providências cabíveis a favor do profissional que, após ficar detido por algumas horas na delegacia, foi liberado.

Outro médico que atua em Colniza há 15 anos, e é colega de profissão do profissional que foi preso e também chefe dos médicos, conversou com o Gazeta Digital e afirmou que a prisão foi um absurdo e totalmente arbitrária. Ambos pediram para terem os nomes preservados.

O episódio ocorreu há cerca de 15 dias. “Em Colniza acontece vários absurdos e esse foi mais um. O meu colega estava de plantão prestando serviços ao município quando o delegado apareceu exigindo o exame para atestar afogamento de um corpo que tinha sido encontrado durante a manhã”, afirmou.

Na cidade, cuja população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 37,2 mil habitantes, não tem unidade do Instituto Médico Legal (IML). Para se realizar qualquer tipo de exame de necropsia é necessário fazer o translado do corpo até a base mais próxima, localizada a cerca de 150 km, na cidade de Aripuanã. Por conta dessa situação, o médico explicou que existe um termo utilizado para solicitar serviços a empresas particulares sem ônus ao Estado, o “ad hoc”.

“É uma logística inviável ter que encaminhar os corpos para a cidade vizinha, então para agilizar o processo tem esse documento que determina que os serviços sejam feitos sem pagar nada. O delegado chegou exigindo que assinasse o atestado de óbito por afogamento, mas não havia sala, morsa, as ferramentas necessárias para abrir os orifícios e realizar os exames”, relata o profissional.

Com a negativa da realização da necropsia, o delegado Edison Pick determinou a prisão do médico plantonista por obstrução de Justiça. “Esse delegado tem aterrorizado a cidade com atitudes arbitrárias. Já tem denúncias contra ele por conta da forma como age com as pessoas. Sem noção”, desabafa.

Conforme ele, a situação foi repassada ao Conselho Regional de Medicina.

Outro lado

A Polícia Civil disse não ter conseguido entrar em contato com delegado para saber os detalhes do caso e o posicionamento. Porém, a Corregedoria da PJC informou que não há nenhuma denúncia registrada contra Édison Ricardo Pick em relação à prisão arbitrária.

Sobre o termo, a Polícia Civil afirmou ser normal a utilização do “ad hoc” para nomear médicos quando não há o instituto responsável para fazer os exames.

A assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) confirmou que não há médico legista na cidade e que, mesmo nesse caso, a orientação é que seja feito o translado do corpo até a cidade mais próxima onde tenha o perito oficial.

Simaria diz que sofreu negligência médica quando ficou doente

Cantora contou que não sabia da gravidade da doença e que não foi informada sobre repouso total. “Se soubesse teria parado”

Simaria contraiu tuberculose duas vezes - Reprodução/Instagram


Simaria, da dupla com Simone, contou que a primeira equipe médica que a atendeu não explicou a gravidade da doença que estava.

A cantora contraiu tuberculose ganglionar em abril deste ano, mas não foi a primeira vez que ela teve a doença.

Em entrevista à Luciana Gimenez, a coleguinha disse que não recebeu a orientação adequada.

— Você esquece das coisas que passa. Não fui orientada, se os médicos dissessem que a doença voltaria, eu teria parado, mas não tive essa orientação.

Ela relembra que a primeira vez que descobriu que estava doente foi ainda pior.

— Todo dia eu tinha que ir para o hospital e tirar secreção, colocar a agulha e puxar. As pessoas acham que porque a gente é artista, a gente não passa por essas coisas. A orientação que eu tive não foi a de que eu precisava me afastar. Fiquei um mês parada e voltei. Doente, porque o tratamento duraria seis meses. É claro por que se estendeu por um ano e três meses, eu não fiquei curada.

Ela voltou ao trabalho depois de quase cinco meses afastada, quando a irmã, Simone, se apresentou sozinha nos shows.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

MP-AM constata irregularidades em hospital e 5 UBSs de Urucará



Na última quarta-feira, 22 de agosto de 2018, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), por meio da Promotoria de Justiça de Urucará, constatou várias irregularidades durante inspeções no Hospital Regional de Urucará, Raimunda Lobato Ferreira, e em 05 Unidades Básicas de Saúde do Município.

A Promotora de Justiça Márcia Cristina de Lima Oliveira e a assessora Clarissa Marinho das Mercês acompanharam a equipe de fiscalização formada por técnicos dos Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem, Odontologia, Farmácia, Nutrição e da Fundação de Vigilância Sanitária, além da engenheira Luciana Carvalho, do Núcleo de Apoio Técnico do MP-AM.

Dentre as irregularidades constatadas estão: falta de equipamentos e materiais de suporte à vida no centro cirúrgico, urgência, emergência e ambulância, como incubadoras; número insuficiente de médicos e enfermeiros, ausência de farmacêutico e profissionais de nutrição; condições inadequadas de armazenamento de bolsas de sangue; falta de realização de exames pré-transfusionais; ausência de classificação de risco no atendimento de urgência e emergência; reaproveitamento de compressas cirúrgicas (material descartável); extintores de incêndio fora da validade; inexistência de manutenção preventiva de equipamentos médicos; defeito nos equipamentos da lavanderia hospitalar e uso de saneantes domésticos para a limpeza do hospital e roupa hospitalar.


De acordo com a Promotora de Justiça Márcia Cristina de Lima Oliveira, após a apresentação dos relatórios de fiscalização, o Município de Urucará e o Estado do Amazonas serão acionados pela Promotoria de Justiça para a solução das irregularidades.

Pacientes denunciam falta de leito no Hospital João Lúcio

De acordo com parentes de pacientes, as pessoas que precisam de internação ao invés de irem para as enfermarias, ficam nos corredores do hospital, passando por dificuldades.

Confira reportagem | Autor: TV Em Tempo

Manaus - Pacientes que precisam de leito para tratamento estão padecendo nos corredores de um dos principais hospitais do Amazonas,  o Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, na Zona Leste de Manaus. No local,  ainda faltam remédio e materiais de higiene. O fato foi registrado em matéria veiculada pela TV em Tempo, no programa "Agora", desta quarta-feira (29). 

O aposentado Raimundo Martins, de 79 anos, sofreu um derrame cerebral e foi levado ao  hospital. Apesar da idade e da gravidade do seu estado de saúde, foi colocado em uma maca de ferro, no corredor da unidade hospitalar. Raimundo é apenas mais um dos pacientes que enfrentam essa realidade dentro de um dos principais hospitais públicos do amazonas.

De acordo com parentes de pacientes, as pessoas que precisam de internação, ao invés de irem para as enfermarias, ficam nos corredores do hospital, passando por dificuldades.  Quem espera por atendimento também reclama da falta de leitos e medicamentos

Outro lado

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informou que abriu 340 novos leitos, foram 289 para internação e 51 para unidade de terapia intensiva, além de unidade de cuidados intermediários.

As unidades de saúde do Amazonas registraram 62.928 internações entre janeiro e maio de 2018, de acordo com dados do sistema de informações hospitalares do SUS.


Em Tempo

Médico de Sorocaba é preso na Operação Hipócritas

Segundo a Polícia Federal, o profissional de saúde participava de fraudes em processos trabalhistas

Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (17/4/2018)

A terceira etapa da operação Hipócritas foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (29) em uma ação conjunta do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva estão sendo cumpridos em Sorocaba, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas.

Esta etapa da investigação tem como principais alvos dois médicos do trabalho que alternavam as funções de perito e de assistente técnico em perícias trabalhistas. A participação no esquema de corrupção foi descoberta pela análise de provas colhidas nas fases anteriores da operação.

Segundo a Polícia Federal, um deles é acusado de ter pago propina a um perito judicial e o outro é suspeito de ter recebido propina, na função de perito judicial, de um assistente técnico de empresas. Em todos estes casos, o objetivo era garantir a emissão de laudos periciais favoráveis aos interesses de empresas em processos trabalhistas.

Um dos dois médicos teve a prisão preventiva decretada pela 9ª Vara Federal de Campinas. Apesar de também ser integrante do esquema de corrupção, ele atuava como perito judicial normalmente, inclusive sendo encarregado de substituir peritos afastados pela Justiça Federal por envolvimento nas fases anteriores da Operação.

A denúncia aponta que o médico, em vez de se afastar de suas atividades de perito judicial em virtude da investigação, estava, indiretamente, se beneficiando da operação, que “eliminou” alguns de seus “concorrentes” – profissionais de saúde que enganavam a Justiça. Os investigados responderão, de acordo com as suas participações, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, cujas penas máximas são de 12 anos de prisão e multa para cada caso em que for comprovado o pagamento/recebimento de propina.


Jornal Cruzeiro do Sul

Quadrilha envolve médicos e advogados; Deotap detalha operação

por SSP-SE, ascom
A Polícia Civil, por meio do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública da Polícia Civil (Deotap), detalhou durante coletiva na manhã desta terça-feira, 28, o trabalho realizado na Operação Panaceia, que resultou na prisão de Maria Conceição Carvalho.

Segundo informações da delegada Thaís Lemos, diretora do Deotap, o objetivo da ação foi desarticular um esquema montado por uma associação criminosa para ludibriar pessoas que aguardavam procedimentos médicos junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). "O modus operandi dos investigados consiste na cooptação de pacientes que necessitam realizar cirurgias pelo sistema público de saúde, mas, mesmo sem a negativa do serviço, ingressam com ações judiciais para realização do procedimento por médicos particulares e bloqueio imediato da verba do Estado para essa finalidade", destacou a delegada.

A denúncia foi feita pela própria Secretaria de Estado da Saúde (SES), onde ficou evidenciado que Conceição cobrava geralmente uma quantia de R$ 200 para intermediar a negociação com os médicos e advogados. A prisão ocorreu no início da manhã desta terça-feira, 28, no município de São Cristóvão. "Os pacientes foram conduzidos por Maria Conceição para médicos e advogados, que em um esquema criminoso, pleiteavam valores superfaturados das cirurgias, obtendo vantagem indevida mediante fraude e induzindo a erro o aparelho de Justiça, que defere as liminares para o bloqueio da verba, em razão da necessidade atestada para os pacientes", completou a delegada Thaís Lemos.

Muitas vezes, segundo os investigadores, a cirurgia já estava garantida pelo SUS. Os investigadores da Polícia Civil cumpriram o mandado de prisão contra Maria Conceição e outros nove mandados de busca e apreensão, envolvendo cinco médicos e três advogados.

Diversos processos judiciais tinham os mesmos advogados como representantes e a investigação mostra que estes mantinham relação com Maria Conceição. O Deotap identificou ainda nas demandas judiciais repetições de dados e fatos envolvendo pedidos de liminares. Foi observado também pelo Departamento que nas intervenções de cirurgias e exames havia valores exorbitantes, bem acima dos praticados no mercado.

*Operação Panaceia*

Panaceia é um substantivo feminino que significa um remédio ao qual é atribuído a capacidade de curar qualquer tipo de doença. É uma palavra com origem no grego panákeia, sendo que pan significa "todo" e ákos significa "remédio". Desta forma, a palavra indica uma substância que cura todas as doenças. Na mitologia grega, Panaceia era a deusa da cura, irmã de Hígia, deusa da saúde e higiene.


NE Notícias

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Idosas morrem em unidades de saúde do Rio e familiares acusam município de descaso

Regina Darze, de 73 anos, ficou 42 dias no Hospital Lourenço Jorge à espera de uma operação. Familiares de Ercília Monteiro Souza, de 77 anos, dizem que estado de saúde da idosa piorou após ela ser transferida para outra unidade.

  Pacientes morrem à espera de cirurgia em hospitais municipais do Rio

Parentes de duas idosas que morreram em unidades de saúde do Rio acusam a gestão municipal de descaso no atendimento às pacientes. As mortes aconteceram no Hospital Lourenço Jorge e no Hospital Miguel Couto.

Regina Darze, de 73 anos, ficou 42 dias no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, à espera de cirurgias no fêmur e cotovelo. Após sofrer uma queda, a idosa precisava passar por duas operações mas a unidade de saúde não tinha o aparelho necessário para realizar as intervenções.

Enquanto esperava a chegada do equipamento, Regina entrou em coma e teve duas infecções. A idosa morreu na madrugada desta sexta-feira (24) no Centro de Tratamento Intensivo do hospital. Segundo o filho dela, Ricardo Darze, a causa indicada para a morte da mãe é parada cardíaca.

Agora, Ricardo disse que pretende recorrer ao Ministério Público para que o caso da mãe seja analisado e as condições na unidade de saúde sejam checadas.

A direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge (HMLJ) informou, em nota, que Regina tinha quadro clínico instável, o que tornava impossível submetê-la à cirurgia, mesmo a unidade tendo "um intensificador de imagem novo, recém-comprado pela Prefeitura e em operação desde o início deste mês".

Idosa morre após ser transferida


O outro caso ocorreu na madrugada de quinta-feira (23). Ercília Monteiro Souza, de 77 anos, morreu no Hospital Miguel Couto, na Gávea. Segundo familiares, a idosa estava internada desde o dia 5 na Coordenação de Emergência da Barra da Tijuca à espera de uma cirurgia no coração.

Ercília morreu sem que a operação tivesse sido realizada. A família alega que a idosa estava lúcida antes de ser transferida para o Miguel Couto, mas piorou depois que foi levada para a unidade na Gávea.

Parentes também reclamaram que só foram avisados sobre a morte quando foram visitar Ercília, às 12h de quinta. No entanto, a idosa morreu às 2h.

"Eu estou me sentindo um lixo. Sou servidor público e perdi a minha mãe pro município porque meia dúzia de políticos rouba tudo e não deixa nada para a gente", lamentou o filho da idosa, Alexandre Andrade, de 44 anos.

Em nota, a Coordenação de Emergência Regional (CER) da Barra da Tijuca informou que Ercília "chegou à unidade com quadro clínico grave e instável, apresentando pneumonia, infecção urinária e insuficiência cardíaca".

No entanto, os laudos médicos emitidos na unidade de saúde um dia após o outro apresentam resultados que divergem entre si. No dia 16 de agosto, o relatório médico informa que Ercília está em "bom estado geral, lúcida e orientada no tempo e espaço, corada, hidratada, afebril" e tem respiração normal em ar ambiente.

Já no dia 17, - um dia depois - o médico relata que a paciente apresenta 'alto risco de morte' e pede que ela seja internada em uma unidade de tratamento intensivo (UTI) "com extrema urgência".

A nota da CER diz que "infecções e pneumonia são quadros que inviabilizam a realização de cirurgias. Portanto, antes de se pensar em cirurgia cardíaca, a paciente tinha que ter o quadro clínico tratado e estabilizado".

A administração da unidade comunicou, ainda, que "a paciente estava em tratamento com antibióticos na Sala Vermelha da CER Barra desde o dia 14 de agosto" e estava "inserida no Sistema de Regulação (SISREG) do município, com pedido de leito de CTI clínico, para o tratamento que se fazia prioritário naquele momento, que era o da pneumonia e infecção urinária".

O município alega que cumpriu mandado judicial e o pedido de leito "precisou ser alterado para CTI em unidade especializada coronariana e a paciente foi, então, inserida, no dia 18, no Sistema Estadual de Regulação (SER), responsável pela regulação do leito especializado".

Assim, a prefeitura afirmou que Ercília foi levada para o Miguel Couto, onde foi "assistida por médicos especialistas e deu continuidade ao tratamento clínico prioritário da pneumonia e infecção urinária. Devido gravidade do caso, no entanto, [Ercília] não resistiu e faleceu no início da madrugada de ontem".

Mulher é presa suspeita de enganar pessoas que aguardavam procedimentos médicos junto ao SUS

Segundo a SSP/SE, ela era responsável por atrair pessoas que aguardavam procedimentos cirúrgicos e cobrava geralmente R$ 200 para intermediar a negociação.

Nove pessoas são presas em operação que investiga associação criminosa envolvendo médicos e advogados em Sergipe (Foto: SSP/Divulgação)

Uma mulher foi presa na manhã desta terça-feira (28) em uma operação do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública da Polícia Civil (Deotap). O objetivo dos investigadores era desarticular um suposto esquema montado por uma associação criminosa para enganar pessoas que aguardavam procedimentos médicos junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Também foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), a denúncia foi feita pela Secretaria de estado da Saúde (SES), onde uma mulher, identificada como Maria Conceição Carvalho, era responsável por atrair pessoas que aguardavam junto ao SUS procedimentos cirúrgicos. Ela foi presa no município de São Cristóvão (SE).

Ainda segundo a SSP, em um possível conluio envolvendo médicos e advogados em Sergipe, Maria Conceição prometia entrar com um processo judicial que garantiria imediatamente a realização das cirurgias na rede privada. Ela cobrava geralmente R$ 200 para intermediar a negociação com os médicos e advogados. Muitas vezes, segundo os investigadores, a cirurgia já estava garantida pelo SUS.

Diversos processos judiciais tinham os mesmos advogados como representantes e a investigação mostrou que eles mantinham relação com Maria Conceição. O Deotap identificou ainda nas demandas judiciais repetições de dados e fatos envolvendo pedidos de liminares. Foi observado também que nas intervenções de cirurgias e exames havia valores exorbitantes, bem acima dos praticados no mercado.

A SSP informou que foram conduzidos à delegacia cinco médicos e três advogados. Um dos médicos foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. As prisões ocorreram em escritórios e clínicas nos bairros: São José, Farolândia, Salgado Filho e Centro.

Operação Panaceia



Panaceia é um substantivo feminino que significa um remédio ao qual é atribuído a capacidade de curar qualquer tipo de doença.
 
Panaceia é uma palavra com origem no grego panákeia, sendo que pan significa "todo" e ákos significa "remédio". Desta forma, a palavra indica uma substância que cura todas as doenças. Na mitologia grega, Panaceia era a deusa da cura, irmã de Hígia, deusa da saúde e higiene.

Único hospital de Pacaraima vira símbolo de descaso em meio à crise

Hospital na fronteira do Brasil com a Venezuela sofre com infiltrações e esgoto na cozinha. Funcionários se viram como podem para atender a demanda                    

"Centro cirúrgico" foi transformado em sala de partos - Márcio Neves/R7/26.08.2018

Centro cirúrgico parado há quase 30 anos, convertido em sala de parto e maternidade. Cozinha desativada com o esgoto retornando pelo encanamento. Laboratório precário que realiza apenas hemogramas e dependente da doação de insumos da Venezuela. Pagamentos irregulares de salários dos profissionais da limpeza.

Essas foram algumas das precariedades encontradas pela reportagem do R7 na última sexta-feira (24) no Hospital Délio Tupinambá, em Pacaraima (Roraima), na fronteira do Brasil com a Venezuela, que está no centro de uma crise social e humanitária pelo intenso fluxo de imigrantes venezuelanos ao Brasil.

O único hospital da cidade — que conta também com dois postos de saúde — se tornou um símbolo do descaso das autoridades estaduais e federais com a região, que batem boca publicamente na disputa por milhões de reais, enquanto os profissionais de saúde, a população local e os venezuelanos se viram como podem na desestruturada unidade.

A falta de condições colocou em risco a vida do comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos, que no último dia 17 foi brutalmente agredido na cabeça durante um assalto a sua residência, aparentemente por quatro venezuelanos. A violência contra Seu Raimundo gerou revolta na cidade afligida pela violência e culminou com o ataque de um grupo de brasileiros aos migrantes em situação de rua, com a expulsão de 1.200 deles para o outro lado da fronteira.

Seu Raimundo entrou na unidade com estado de saúde grave, intensa perda de sangue e necessidade urgente de transfusão. No entanto, não havia condições no hospital para estabilizar seu quadro clínico, segundo os profissionais de saúde, que não serão identificados nesta reportagem.

remoção para Boa Vista se tornou urgente, mas a única ambulância do local havia acabado de sair rumo à capital, a 200 km de distância, com um paciente que havia sofrido um infarto.

“Não há condição alguma de atender a pacientes graves”, relata um funcionário.

A unidade entrou em contato com o posto de saúde avançado do Exército — que fica na fronteira para o atendimento dos venezuelanos recém-chegados — para solicitar a ambulância do local, mas o atendimento foi negado.

“Eu saí de Pacaraima com meu carro particular e a médica me acompanhando”, conta Seu Raimundo, entrevistado uma semana após ser agredido a paulada.

A ambulância já estava retornando a Pacaraima quando cruzou com seu Raimundo na metade do caminho, concluindo seu transporte até a capital.

Horas antes do ataque aos venezuelanos, correu um boato em Pacaraima de que o comerciante havia morrido. Moradores relatam à reportagem que a notícia falsa inflamou o grupo de brasileiros que protestava contra os venezuelanos, já no sábado (18), o que contribuiu para o ataque aos refugiados. Na verdade, havia morrido o primeiro paciente transportado de ambulância, de infarto, que também tinha sido levado para o Hospital Geral de Roraima (HGR). 

Raimundo recebeu alta no dia seguinte, domingo (19), e desde então é atendido no Hospital Délio Tupinambá para cuidar dos curativos.

Sem cozinha, sem cirurgia, sem luz

“Este é um hospital de pequeno porte sem estrutura para ser referência. No laboratório, só fazemos hemogramas. Não temos condições de fazer transfusão de sangue. Nosso raio-X só está funcionando porque o hospital de Santa Elena [de Uairén, na Venezuela] nos doou o químico esta semana”, conta uma funcionária. “Precisamos de mais estrutura”.

Em uma cidade com 12 mil habitantes (e um número incerto de refugiados), o hospital assiste ao crescimento acelerado do número de atendimentos, que passou de 5.791, em 2016, para 10.368 somente no primeiro semestre deste ano — sendo 6.509 de venezuelanos, ou 63% do total.

A precariedade, no entanto, limita a capacidade do serviço. “Nós estamos deixando de internar alguns casos por falta de comida”, conta outra funcionária.

Na cozinha da unidade, desativada, é possível notar vazamento de esgoto, infiltrações nos armários e falta de limpeza dos armários. O local é usado parcialmente apenas para o preparo de café e lanches.

Atualmente, os alimentos são comprados pela direção e as refeições são preparadas na casa de uma funcionária. Almoços e jantares são servidos para a equipe e para quem já está internado, sem espaço para imprevistos. A reportagem presenciou um venezuelano levando o almoço para sua mulher, internada porque havia dado à luz naquela manhã.

No centro cirúrgico, apenas uma placa na parede indica para o que deveria ser aquele local, que nunca realizou uma cirurgia desde a fundação do hospital, em 1992, e foi transformado em sala de partos.

Para atendimentos urgentes, a unidade conta com dois kits catástrofe, obtidos recentemente, cada um formado por um desfibrilador, um ventilador, duas bombas de infusão e um monitor cardíaco. Todo atendimento mais complicado é levado para o HGR, em Boa Vista.

Sem mencionar o problema de apagões, que se tornaram rotina na vida dos roraimenses, já que a energia vem da Venezuela, onde a manutenção é feita cada vez de forma mais precária. Há exatamente duas semanas, uma venezuelana vinda em missão empresarial na fronteira, Olívia Veronica León, morreu após ter uma parada cardíaca em meio a um apagão, que durou 24 horas e não foi revertido porque os geradores não funcionaram.

“Não conseguimos dar o choque nela”, conta um funcionário. Os apagões também acabam queimando lâmpadas e aparelhos.

Apesar de todos os problemas, os pacientes entrevistados pela reportagem elogiam o atendimento, como a venezuelana Graciely Mijares, de 30 anos, mãe da pequenina Yusgrace, a nova brasileirinha que havia acabado de chegar ao mundo.

Natural de Ciudad Guayana, a 600 km de distância, ela vive há 2 anos em Pacaraima porque a situação estava “muito difícil” em sua cidade, onde “não se consegue comprar fraldas nem o leite para as crianças”.

— O hospital de lá estava todo sujo, fedia, com contaminação. Eu vim para cá e a atenção foi melhor que a de um anjo. Tudo é limpo. Me dá uma dor, e elas vêm e me atendem rápido.

Disputa política

O serviço de atendimento à saúde em Pacaraima e em toda Roraima está no meio de uma disputa política travada entre Brasília e Boa Vista, em razão da explosão de atendimentos aos venezuelanos.

Em todo o Estado, o número de venezuelanos atendidos saltou de 700, em 2014, para 50 mil no ano passado. E somente nos três primeiros meses deste ano, passou de 45 mil, segundo dados da Sesau (Secretaria de Estado da Saúde de Roraima).

A governadora Suely Campos (PP), candidata à reeleição em outubro e que responde pela gestão do hospital de Pacaraima, está em pé de guerra com o Palácio do Planalto para que a União pague R$ 184 milhões ao Estado, como ressarcimento por gastos com venezuelanos nas áreas de saúde, educação e segurança. Desse total, R$ 70 milhões correspondem aos 50 mil venezuelanos atendidos em 2017. Suely também pede a instalação de um hospital de campanha em Boa Vista.

Em visita a Pacaraima na última quinta-feira (23), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, declarou que a União já repassou mais de R$ 180 milhões a Roraima e que R$ 70 milhões ainda estavam disponíveis nos cofres estaduais.

— Quando o governo gastar aquilo que lhe foi enviado, alguma coisa em torno de 180 e poucos milhões de reais, evidentemente que estaremos dispostos a atender. Então, primeiro o governo precisa gastar aquilo que está em seus cofres.

O ministro também chegou a dizer que a cidade fronteiriça conta com um hospital de campanha do Exército, mas foi desmentido na sequência pelo coronel George Feres Kanaan, que comanda a Operação Acolhida em Pacaraima, de recepção e triagem dos imigrantes.

Segundo o Exército brasileiro, um hospital de campanha é uma unidade móvel “grande” e “moderna” com áreas de triagem, enfermaria, emergência, centro cirúrgico de urgência, UTI (Unidade de Terapia Intensiva), seção de radiologia com equipamentos de raio-X e de ultrassonografia, laboratório para exames, farmácia e banco de sangue. Serviços muito além do que o posto avançado, os dois postos de saúde e o hospital Délio Tupinambá podem oferecer à população de Pacaraima.

O R7 entrou em contato na sexta-feira, no sábado e no domingo com a Sesau, por telefone, mensagem e recado na secretária eletrônica, mas não recebeu um posicionamento até a publicação desta reportagem.

Sobre não emprestar a ambulância para socorrer seu Raimundo em Pacaraima, o Exército brasileiro respondeu apenas que o paciente chegou a Boa Vista de ambulância.


R7

Depois de descobrir câncer, Beto Barbosa revela que foi vítima de negligência médica

No programa A Tarde é Sua desta segunda-feira (27), o cantor apareceu sendo entrevistado e revelou os dramas que está vivendo após descoberta da doença.


O cantor Beto Barbosa recentemente descobriu um câncer ao qual está sendo tratado desde a última sexta-feira (24). Porém, o cantor veio a público fazer uma revelação polêmica. 

Na última sexta-feira (24), o cantor Beto Barbosa postou em seu perfil oficial no Instagram, uma foto onde na legenda afirmou que estava indo para sua primeira sessão de quimio. A notícia sobre a doença revelada pelo cantor pegou a todos de surpresa, inclusive os fãs do cantor que se comoveram com a informação.

Passado todo o choque com a revelação do cantor, nesta segunda-feira (27), Beto falou sobre sua doença no programa A Tarde é Sua, apresentado por Sônia Abrão, onde fez uma revelação polêmica em torno da doença. A reportagem foi feita pelo colunista Alessandro Lo-Bianco. 

Na entrevista, Beto afirmou que foi vítima de erro médico, pois no final do ano passado o cantor sentiu fortes dores e correu para o hospital para verificar o que estava ocorrendo. O médico que estava no local em questão afirmou que era apenas um inchaço da próstata devido à idade do artista. 

Para sua melhorar foi lhe passado alguns medicamentos, porém, o cantor retornou ao hospital e teve um segundo diagnóstico de infecção urinária. O artista acabou cansando de esperar pelo pior e foi atrás de um terceiro diagnóstico que teve um outro resultado diferente. Toda essa dificuldade pode ter prejudicado Beto que pode entrar com um processo contra o hospital que teve dificuldades em diagnosticar sua doença logo no início. 

O cantor enviou um vídeo para apresentadora, onde falou sobre a doença e disse que vai postar tudo que for acontecendo ao longo do seu tratamento em seu perfil oficial. 

Nora acusa clínica particular de Juazeiro de se recusar a fazer consulta em seu sogro debilitado; unidade médica rebate e diz que ela “se enganou” com a data

(Foto: Ilustração)


Uma clínica particular de Juazeiro (BA) está sendo acusada de negar prestação de serviço a um paciente. A denúncia partiu de Caroline Gomes Amorim, que procurou este Blog para relatar que a clínica – localizada no Centro da cidade – se recusou em realizar atendimento a seu sogro, um idoso de 77 anos, que está passando por vários problemas de saúde. O fato teria ocorrido na tarde de hoje (28).

Segundo ela, a consulta estava marcada para as 15h, mas quando ela chegou à clínica Medivale ficou sabendo que seu sogro não seria atendido, pois a consulta seria para a quarta-feira (29). “Meu sogro saiu da UTI na semana passada e está com falta de ar, andando de muletas, e eles se recusaram a atendê-lo”, afirmou, dizendo que pagam um plano de saúde “caríssimo”.

Moradora do Bairro Gercino Coelho, zona leste de Petrolina, Caroline disse que ninguém na clínica se comoveu com a história do seu sogro. “Ele está só com um rim funcionando, mas ninguém se comoveu. Vai ser preciso eu arrumar uma pessoa para ir com ele amanhã, pois não poderei ir”, disse ela, afirmando que vai acionar o Conselho Regional de Medicina (Cremeb).

Outro lado

O Blog procurou a clínica Medivale e foi informado que a consulta do idoso foi marcada para esta quarta-feira (29), e que a nora do paciente “se enganou” com a data, mas tudo está registrado no sistema da clínica, caso seja preciso provar. Como a clínica estava cheia – inclusive com pacientes de urgência – não foi possível fazer a consulta.

A clínica garantiu que a consulta do paciente está agendada para as 15h de amanhã, quando ele será atendido normalmente. A orientação quando os pacientes estão sentindo muitas dores é procurar um clínico geral, para ser medicado e voltar para fazer a consulta. A unidade médica ressaltou que “não houve” recusa no atendimento.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Pacientes correm risco de morte por falta de remédio, denuncia aposentado

Doentes cardíacos estão há mais de três meses sem receber medicação; Saúde não tem previsão para solução do problema


“Pacientes estão correndo risco de morte pela irresponsabilidade de nossos administradores!
Foto: Luiz Guilherme Bannwart
Pacientes cardíacos, entre operados e infartados, estão correndo risco de morte pela falta de um medicamento fundamental para o tratamento de doenças do coração. A denúncia foi feita pelo aposentado Luiz Hermógenes de Camargo, de 58 anos, que há mais de três meses aguarda pelo medicamento Selozok 50, sem uma solução dos responsáveis pela Secretaria de Saúde de Santo Antônio da Platina, que segundo ele, acusam a 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho como responsável pela falta do remédio.

O Selozok 50 é indicado para tratamento da hipertensão arterial (pressão alta), da morbidade e do risco de mortalidade de origem cardiovascular e coronária (incluindo morte súbita). Nas farmácias, segundo o aposentado, que passou por cinco cirurgias de ponte de safena, a caixa do remédio com 30 comprimidos, suficiente para um mês, custa R$ 55.90. Ele diz que consegue comprar o medicamento, mas muitos pacientes carentes acabam ficando sem o remédio porque não tem recursos para bancar o tratamento. “É uma vergonha. Pacientes estão correndo risco de morte pela irresponsabilidade de nossos administradores!”, desabafa Camargo.

Ele conta que foi ao Centro Social Urbano na manhã desta segunda-feira (27), mais uma vez a procura do Selozok e, igualmente às vezes anteriores, ouviu das atendentes que o remédio está em falta e não há previsão de normalizar o atendimento dos pacientes cardíacos. Segundo Camargo, novamente ouviu a desculpa que o problema está sendo causado pelo governo estadual.

Luiz Camargo conta que tem 72% de seu coração comprometido pelas enfermidades e, se estivesse esperando a vontade da Secretaria de Saúde do Município, já teria morrido. Para ele, esta é a pior secretária de Saúde da história de Santo Antônio da Platina, referindo-se a titular da pasta, Ana Cristina Micó.

Camargo conta que já formalizou denúncia por duas vezes junto ao Ministério Público Estadual (MPE), mas parece que nem isso faz com que os responsáveis pela Saúde do município tomem medidas para sanar o problema.

Outra paciente, que pediu anonimato com medo de perseguição, disse que a falta de medicamentos é recorrente. Quando o paciente tem condições de comprar na farmácia, tudo bem, mas para os doentes sem condições financeiras, interrompe o tratamento. Ela disse que já formalizou denúncia na Ouvidoria Municipal, mas segundo consta, nenhuma medida foi tomada.

Absurdo

Outro absurdo envolvendo a Secretaria de Saúde está acontecendo com uma paciente que é portadora de deficiência causada por erro médico quando era criança. Amanda Alves da Silva hoje tem 24 anos, vivendo com a ajuda de equipamentos.

Embora com essa idade, Amanda, filha do casal Sandra e Paulo Alves da Silva aparenta ser uma adolescente. Ela vive desde o primeiro ano de vida presa a uma cama e, quando sai, fixada a uma cadeira de rodas, sempre acompanhada de um cilindro de oxigênio que lhe garante a vida. O quarto da jovem é quase idêntico a uma UTI hospitalar, onde passa seus dias. Ela não anda e igualmente não fala e enxerga, porém revela na face um sorriso de quem ama a vida.

Nem mesmo uma decisão judicial faz com que o Setor de Saúde municipal cumpra a determinação de enviar regularmente uma enfermeira para cuidar da menina. O advogado da família, Leonardo Góes de Almeida, deve ingressar com uma ação por não cumprimento de decisão judicial contra o município.

A reportagem da Tribuna do Vale procurou a secretária de Saúde, Ana Cristina Micó, e a diretora do departamento, Gislaine Galvão, para comentar as acusações, mas nenhuma delas retornou os recados deixados em suas repartições


Médico é afastado de UPA de Florianópolis após paciente registrar B.O. por assédio

Advogada de 26 anos afirma ter sido agarrada à força e que o profissional da saúde tentou beijá-la duas vezes.
Médico é afastado após denúncia de assédio por paciente em Florianópolis

Um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Sul da Ilha de Florianópolis foi afastado do cargo depois que uma paciente registrou um boletim de ocorrência contra ele por assédio. O caso teria ocorrido durante uma consulta neste mês. A Secretaria de Saúde da cidade disse que está apurando a denúncia, que o profissional foi contratado de forma temporária e que já foi afastado dos plantões enquanto o caso tiver sendo investigado.

Uma crise de alergia na pele levou a advogada Mayara Giacomini, 26 anos, até o plantão da UPA, que fica no bairro Rio Tavares. O médico, que não teve o nome divulgado, a agarrou, segundo relato da paciente.

"A consulta já havia terminado. Daí ele fechou a porta, contra a minha vontade, e eu não imaginava o que iria acontecer depois. Ele envolveu os braços ao redor do meu corpo, me segurou e tentou me beijar por duas vezes. Na primeira vez eu tive que afastar meu rosto. Na segunda eu tive que empurrar ele com as minhas mãos para ele me soltar. E mesmo após esse momento ele continuou insistindo, que tinha gostado de mim, que estava de carro, que eu era a última paciente do plantão dele, que ele poderia me levar pra casa. Saí assustada da unidade. Eu não consegui tomar a injeção que ele havia me receitado porque eu tava com medo que fosse ele que ia aplicar. Saí correndo de lá porque eu tava com medo que ele fosse me seguir", disse Mayara.

Mayara usou as redes sociais para relatar a situação. Segundo ela, depois disso outras meninas entraram em contato dizendo que também passaram pelo mesmo tipo de assédio na UPA.

"No mesmo local foram três outras meninas. Eu tô em contato com elas. Elas não querem revelar nome e também ainda não fizeram denúncia porque estão amedrontadas", disse a advogada.

Ela registrou boletim de ocorrência no dia 20 de agosto, uma semana depois da consulta. Na terça-feira (28), vai prestar depoimento na Delegacia de Polícia de Atendimento à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami) da capital.

A delegada que coordena as DPCamis do Estado ressalta a importância da denúncia.

"Todos os casos que já são conhecidos do público, inclusive com sentença condenatória, foram formadas provas com encorajamento dessas mulheres e as denúncias feitas. Esses médicos não podem continuar exercendo a medicina e manchando uma profissão tão importante, tão bonita, por serem maus profissionais", disse a delegada Patrícia Zimmermann D'Ávila.

Mayara também vai fazer uma denúncia formal no Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina, que não se manifestou sobre o caso.

Mulher morre com intestino perfurado e infecção depois de bariátrica realizada no Complexo Hospitalar Jd. Cuiabá

Hospital já sofre investigação da Delegacia do Meio Ambiente por possível exposição de pacientes à contaminação e crimes ambientais


Luciane Sene, funcionária da Unimed, pode ser mais uma vítima de erro médico hospitalar. Ela morreu por infecção que teria sido contraída durante cirurgia bariátrica realizada no último dia 15 de agosto, no centro cirúrgico do Complexo Hospitalar de Cuiabá.



Pelo que conta o marido de Luciane Sene, o vendedor lider de produção Cledison Santos, ela foi realizar uma cirurgia bariátrica, procedimento este conduzido pelo médico Wilson Xavier Gogolevsky, dentro do Complexo Hospitalar de Cuiabá. Durante a cirurgia, a paciente teria sido vítima de dois graves erros que acabaram levando-a a óbito: uma perfuração do seu intestino durante a cirurgia e a contaminação hospitalar que resultou em uma infecção generalizada.


Após a cirurgia, já no outro dia, quinta-feira, 16 de agosto, Luciene Sene recebeu alta hospitalar mesmo reclamando de fortes dores no abdome, dor no peito e grande dificuldade de respirar.


Com a infecção contraída e o intestino perfurado, a paciente entrou em contato com o Dr. Gogolevsky, queixando-se do seu mal-estar mas recebeu apenas a orientação de que os sintomas que apresentava seriam de cunho psicológico, estando ela com ansiedade por permanecer muito tempo deitada. Passando mal e com muita dificuldade de falar e respirar, dores fortes no abdome, foi receitado para a paciente encher bexigas (de festa infantil) para ajudar na respiração. E quando se queixou de que não conseguia urinar, provavelmente devido à infecção que já se alastrava sobre os órgãos, foi lhe dito apenas pelo cirurgião que ela não estaria bebendo água suficiente.


Após uma grande piora, já a beira da morte devido à infecção contraída, os familiares, percebendo que haveria algo de muito mais grave por trás do estado de prostração de Luciene, a levaram às pressas, no sábado, dia 18,  a um outro hospital, o Hospital São Matheus, uma vez que perceberam o despreparo da equipe do Complexo Hospitalar de Cuiabá.


No São Matheus, Luciane recebeu oxigênio de imediato, e foi identificada como um caso gravíssimo, pois estava com saturação baixa, ou seja, com pouca oxigenação no sangue. Além do oxigênio, os médicos solicitaram de Luciane exames laboratoriais, quando foi possível constatar que a paciente estava com um quadro gravíssimo de infecção. Ela teve que ser levada às pressas para a UTI onde foi entubada e sedada.


Com os exames complementares foram constatadas a perfuração do intestino e o alto nível de infecção contraída durante a cirurgia anterior, realizada no Complexo Hospitalar de Cuiabá.


O tratamento de Luciene, no São Matheus, envolveu a contenção de grande volume de secreção purulenta no pulmão, outra intervenção cirúrgica para tentar corrigir o erro, antibióticos para o controle da infecção generalizada, só que não foi possível salvar sua vida, que foi ceifada devido aos graves erros que teriam sido cometidos durante sua passagem pelo Complexo Hospitalar de Cuiabá.


Pelo que relata seu marido, Luciene entrou no antigo Hospital Jardim Cuiabá com ótimas expectativas com relação ao resultado da bariátrica, andando, forte, cheia de sonhos e ideais, e hoje deixou enlutada a sua família e amigos que choram a sua partida tão precoce, por conta de erro do hospital. Cledison junto com outros familiares da falecida Luciene estudam a possibilidade de adotarem providências para a apuração das possíveis responsabilidades por sua morte.


HOSPITAL SOB SUSPEITA


A Importadora e Exportadora Jardim Cuiabá, comandada pela médica e empresária Elê Maria Kuhn –  parente da primeira dama de Cuiabá Márcia Pinheiro e do procurador de Justiça Paulo Prado –  é a nova administradora do antigo Hospital Jardim Cuiabá desde 20/04/2018, por uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que cancelou o contrato de arrendamento com a antiga gestão. O nome comercial (fantasia) utilizado é Complexo Hospitalar de Cuiabá, e. depois de denúncias dando conta da possível exposição de pacientes a focos de contaminação, o hospital está sendo investigado pelo Delegado da DEMA-MT (Delegacia do Meio Ambiente), Gianmarco Paccola, que determinou, no dia 29 de maio, através da Ação de Investigação Preliminar nº 548/2018, que a SEMA-MT faça uma minuciosa inspeção no hospital para apurar as possíveis irregularidades.


O Complexo Hospitalar de Cuiabá já fora denunciado inúmeras vezes aos órgãos de fiscalizações e na própria imprensa, por atuar de forma irregular, acusada do cometimento de  crimes ambientais e sanitários, já que não disporiam de requisitos mínimos para o seu funcionamento, sendo inclusive o único no Brasil que funciona sem os devidos licenciamentos, o que expõem a risco os seus pacientes e suas vidas.



segunda-feira, 27 de agosto de 2018

MP vai apurar falta de atendimento de saúde a mulher em Santa Inês

O Ministério Público de Conceição, através do promotor de Justiça, Lean Xerez abriu procedimento administrativo para apurar denúncia de uma suposta negligência do serviço de saúde pública da Prefeitura de Santa Inês, localizada na região do Vale do Piancó.




Uma mulher teria sido vítima de uma suposta falta de atendimento na rede básica de saúde. Revoltado, um familiar da mulher procurou a Promotoria e denunciou o caso. Com base na denúncia, o promotor de justiça instalou procedimento para apurar o caso, na última sexta-feira, dia 24.


Se comprovada a denúncia, o promotor de Justiça, que ouvirá a suposta vítima e seus familiares, deverá instaurar procedimentos na justiça contra os responsáveis.


Vale do Piancó


Família diz que negligência do Hospam causou aborto





Após a polêmica sobre a suspeita de aborto provocado por uma adolescente, de 17 anos, atendida no último sábado (25), no Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam), o caso teve uma reviravolta com o depoimento da família da gestante.

Em entrevista exclusiva ao FAROL DE NOTÍCIAS, a mãe da menina, uma dona de casa, de 37 anos, procurou a nossa redação para contar sua versão dos fatos. De acordo com ela, sua filha não praticou aborto, estava com dores e sangrando quando foi socorrida para o hospital em busca de ajuda.

“O que aconteceu foi que eu fui no Centro comprar umas frutas e verduras para a minha filha, cheguei em casa e ela estava sentido dores e perdendo líquido. Levei para o Hospam e chegando lá ela não foi atendida. Tirei a ficha dela rapidamente, mandaram eu entrar e sentá-la em uma cadeira, e ela lá sentindo dor e perdendo sangue na recepção do hospital, passamos duas horas esperando”, detalhou a mãe, prosseguindo:

“Quando eu cheguei lá perguntei: ‘cadê o doutor daqui?’; disseram que ele estava atendendo os pacientes, perguntei pela enfermeira e disseram que ela estava atendendo outras gestantes. Fui lá fora chamar uma amiga para resolver o caso, e ela chamou a polícia. Quando ela foi atendida já estava abortando a criança, porque passou da hora de nascer. Foi no hospital que ela abortou, porque não atenderam a menina”.

ATENDIDA SÓ APÓS CHEGADA DA PM

A dona de casa relatou ao FAROL que a garota estava acompanhada do pai do seu bebê e outros familiares  e já estava com quatro meses de gestação. Ela só teria sido atendida após a chegada da Polícia Militar, que em seguida levou a mãe para registrar o Boletim de Ocorrência (B.O.) sobre o caso.

“O médico chegou a atender depois que a polícia chegou, porque a polícia conversou com o médico e só atendeu por conta da polícia. Eu fui levada para a delegacia fazer o boletim de ocorrência. Ela estava com quatro meses, era a primeira gravidez dela”.

COMENTÁRIOS CONTRA A ADOLESCENTE

A dona de casa ainda partiu em defesa da filha e ratificou que a menina não teria provocado o aborto e a urgência em seu atendimento médico motivou a perca do bebê. Segundo ela, os comentários contra a adolescente são injustos e odiosos.

“As pessoas estão dizendo que minha menina perdeu o bebê porque quis, mas isso não se faz. Ela não perdeu o menino porque quis, a ‘bichinha’ estava sofrendo, se ela tivesse sido atendida rápido não teria abortado a criança. Foi descuido de médico, quando chega no Hospam, se não tiver cuidado morre, porque ninguém atende os pacientes. As pessoas ficam dizendo que ela tomou remédio para abortar, mas isso não existe.O pai da criança até passou mal no hospital. Falaram para a menina ter morrido junto, nós somos seres humanos”.

OUTRO LADO

A reportagem do FAROL DE NOTÍCIAS entrou em contato com a direção do Hospam para obter a versão da instituição sobre os fatos. Em resposta, a unidade declarou que só deverá se pronunciar após a publicação desta matéria.

Mesmo com decisão judicial, bebê de 3 meses morre enquanto aguardava vaga de UTI para cirurgia, em Goiânia

Criança tinha doença no coração, e família denuncia que hospital demorou a entregar novo laudo que possibilitaria a transferência. HMI diz que vai verificar prontuário para se manifestar; SMS afirma que estava dentro do prazo para cumprir decisão.

Bebê morre à espera de cirurgia em hospital de Goiânia

Uma recém-nascida de apenas 3 meses morreu enquanto esperava pela transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, em Goiânia. Segundo a família, Milena Pacheco da Silva tinha um problema de coração e estava internada no Hospital Materno Infantil (HMI) aguardando pelo leito para ser operada. Porém, mesmo com uma decisão judicial, ela não foi transferida.

O HMI disse que vai se inteirar sobre o caso. Já a Secretaria de Saúde de Goiânia afirmou que não havia leitos disponíveis e que estava dentro do prazo para cumprir a decisão judicial.

Milena morreu no sábado (25). A mãe dela, Lidiana Barbosa da Silva Pacheco, disse que desde quando a filha nasceu, perambulou por vários Centros de Apoio Assistencial à Saúde (Cais) sempre recebendo o diagnóstico que a filha tinha refluxo.

Então, ela resolveu pagar uma consulta particular com um pediatra, que pediu um ecocardiograma, e descobriu que a menina tinha uma doença no coração e precisava da cirurgia com urgência. O médico chegou a dizer que não sabia como a criança havia resistido tanto tempo.

Diante da situação, Lidiana foi com a filha para o Cais do Setor Campinas e somente três dias é que ela conseguiu a internação, mas o HMI, que não tinha o tratamento que ela precisava. Na unidade, ela ficou internada por quatro dias aguardando a transferência e morreu.

“Ela estava na sala na emergência e eles falaram que não podiam ficar acompanhante. Eles não podia me dar notícia nenhuma, só no horário de visita, mesmo sendo tão pequena. Estou muito mal, desesperada. Para mim, meu mundo acabou”, desabafa.

Decisão judicial


Em Goiânia, o Hospital de Criança é o único vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) que poderia fazer a cirurgia de Milena. O tio dela, Carlos Pacheco de Oliveira, procurou a Defensoria Pública, que pediu um laudo mais detalhado.

Porém, de acordo com ele, o HMI demorou a entregar o documento. Ele fez um vídeo no hospital mostrando a situação. "Eu cheguei às 6h40 eles alegaram que era troca de horário. Vai dar 7h50 e até agora está em troca de horário".

O tio afirmou que o laudo só foi entregue três horas depois, mas a Defensoria já estava fechada. Desesperado, ele pediu ajuda pelas redes sociais e conseguiu auxílio de um advogado, que encaminhou o caso para um juiz.

A situação foi analisada no mesmo dia. A Justiça expediu uma decisão obrigando a Secretaria de Saúde de Goiânia a transferir Milena imediatamente, mesmo que tivesse que pagar a internação em um hospital particular, pois o atraso poderia resultar na morte da criança.

A família disse que a decisão chego à secretaria de Saúde no fim do dia, mas não foi cumprida. A morte da recém-nascida revoltou Carlos.

"Fui ligando e eles não me davam nem moral, desligava na minha cara, falavam que não tem vaga e nós não vamos pagar pela particular. Aí não deu tempo que a médica falou que ela estava só piorando, arruinando e quando foi 11h da noite, deu essa notícia [da morte dela]".

"Eu quero é justiça porque, mesmo com uma ordem judicial eles negaram o tratamento dela. Eu vou fazer justiça por ela. Sei que o dinheiro não vai pagar a vida dela, mas eles têm que pagar pelo que eles fizeram”.

Respostas


À TV Anhanguera, o HMI informou que somente nesta segunda-feira (27) vai ter acesso ao prontuário de Milena para responder porque o tio da criança teve que esperar horas pelo relatório médico mais detalhado.

Já a Secretaria de Saúde de Goiânia disse que, infelizmente, não havia leitos disponíveis, nem pelo SUS, nem pela rede particular, para transferir a paciente. Informou ainda que somente o Hospital da Criança poderia atender o caso em todo o estado.

Por fim, a prefeitura disse que recebeu a determinação da Justiça e estava dentro do prazo para cumpri-la, mas ainda não havia surgido leito. Diante da gravidade, a criança foi transferida para o HMI, onde recebeu todo suporte até que a vaga fosse liberada.