Mulher de 53 anos afirmou à polícia que está com paralisia facial após procedimento na bochecha em uma clínica na zona Sul de Ribeirão Preto; Cremesp deve abrir sindicância
A primeira cirurgia ocorreu no ano passado, na clínica do profissional (Foto: F.L.Piton / A CIDADE) |
A Polícia Civil apura a denúncia de uma empresária de 53 anos, que alega ter ficado com paralisia facial após ser submetida a uma cirurgia estética nas duas bochechas em uma clínica na zona Sul de Ribeirão Preto. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) anunciou que deve abrir sindicância para, também, investigar o caso.
Apesar de a cirurgia plástica chamada de bichectomia ter sido em 2017, o boletim de ocorrência (BO) somente foi registrado na noite desta quinta-feira (23).
Apesar de a cirurgia plástica chamada de bichectomia ter sido em 2017, o boletim de ocorrência (BO) somente foi registrado na noite desta quinta-feira (23).
Segundo relato da vítima à polícia, o primeiro de dois procedimentos foi no dia 6 de maio do ano passado, na clínica do médico Tomas Yung Joon Kim, localizada no Alto da Boa Vista.
De acordo com o que disse a vítima, ocorreram problemas graves após a primeira cirurgia e foi realizada outra intervenção para correção. Ainda segundo a paciente, a situação se agravou e evoluiu para uma paralisia facial.
A empresária também afirma que o médico seria oncologista e que não deveria realizar esse tipo de procedimento.
O médico Tomas Yung Joon Kim confirmou, por meio do telefone ao ACidade ON, ter realizado a cirurgia na paciente, mas disse desconhecer a paralisia facial.
"Esse procedimento não ocorreu realmente como desejado. Teve as alegações dela que eu tentei mostrar que não tinha nada disso. Esse quadro de paralisia facial eu não tenho [conhecimento]. Só se ela teve depois, por alguma outra razão que não estou nem sabendo", declarou Tomas Kim.
Ele contou que a empresária foi sua paciente por mais de dez anos, mas que não poderia dar mais detalhes devido à ética médica.
A empresária também afirma que o médico seria oncologista e que não deveria realizar esse tipo de procedimento.
O médico Tomas Yung Joon Kim confirmou, por meio do telefone ao ACidade ON, ter realizado a cirurgia na paciente, mas disse desconhecer a paralisia facial.
"Esse procedimento não ocorreu realmente como desejado. Teve as alegações dela que eu tentei mostrar que não tinha nada disso. Esse quadro de paralisia facial eu não tenho [conhecimento]. Só se ela teve depois, por alguma outra razão que não estou nem sabendo", declarou Tomas Kim.
Ele contou que a empresária foi sua paciente por mais de dez anos, mas que não poderia dar mais detalhes devido à ética médica.
O profissional negou, porém, ser oncologista como declarado pela paciente e afirmou que atua como dermatologista e mastologista. O registro dele no CFM (Conselho Federal de Medicina) está regular nessas duas especialidades.
Investigação
O delegado superintende do Cremesp em Ribeirão Preto, Ângelo Mario Sarti, afirmou que será aberta uma sindicância para apurar a denúncia.
"A sindicância é que vai determinar se há indício de erro médico. Se houver, aí sim torna-se um processo. Às vezes aconteceu uma adversidade e não um erro médico", explicou.
A pena pode ser desde uma advertência, suspensão até a cassação do diploma.
O BO foi registrado como lesão corporal culposa (sem intenção) e a investigação está com o 4º Distrito Policial.
ACidade ON deixou recado no celular da empresária e aguarda um retorno.
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