Gestante estava com sangramento quando procurou o hospital, mas recebeu alta. Secretaria de Saúde disse que ela foi orientada a buscar atendimento especializado no convênio.
Polícia investiga caso de mulher que perdeu os filhos gêmeos após atendimento em Arujá |
A Polícia Civil de Arujá investiga o caso de uma mulher, de 21 anos, que perdeu gêmeos horas depois de ter sido atendida na Maternidade Municipal. A avó das crianças, Durvalina Costa Moreira, traz consigo os atestados de óbito dos bebês e o boletim de ocorrência registrado por ela. No documento, ela questiona o atendimento prestado na Maternidade Dalila Ferreira Barbosa.
O caso começou há uma semana, quando a mãe dos bebês teve um sangramento. A mãe da gestante a levou até a maternidade. Mas, segundo a família, o médico que a atendeu não a examinou, apenas receitou alguns medicamentos e liberou a paciente.
“Ele mandou ela voltar para casa, porque era normal o sangramento. Ela tomou o soro e um buscopan. Ela chegou na sogra dela e dormiu um pouco, acordou sentindo muita dor. Quando o Samu chegou, já tinham nascido os dois bebês. Eles foram levados para a mesma maternidade, mas quando chegaram lá disseram que os bebês estavam sem vida. Mas pelo menos um saiu daqui vivo”, conta dona Durvalina.
A polícia abriu inquérito para investigar o caso. O delegado responsável disse que aguarda o laudo da morte dos bebês e o prontuário de atendimento da paciente, para ouvir os envolvidos.
A administração do hospital também abriu uma apuração interna para investigar a conduta do médico. “O procedimento do hospital é abrir um procedimento no Conselho de Ética Médica, que vai avaliar a conduta dele, o prontuário e conversar com todos os envolvidos, até mesmo as enfermeiras para verificar se houve erro médico”, explicou o diretor médico da maternidade, Walter Gilberto Guinger.
“O que eu espero é que isso não aconteça com mais ninguém. É preciso dar um basta”, enfatizou Durvalina.
A Secretaria de Saúde de Arujá informou que pediu para a maternidade a cópia do prontuário da paciente e também repassou a informação ao Comitê de Mortalidade Materno Infantil Municipal, que vai apurar o caso, com prazo de conclusão até o fim desta semana.
A secretaria disse ainda que, sobre a liberação da paciente, consta no prontuário médico o sangramento e que, diante da informação de que ela possuía convênio médico, e pelo tipo de gestação, deixou a unidade hospitalar orientada a buscar atendimento em hospital de referência do convênio.
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