segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Mulher morre em hospital no interior do Acre com suspeita de dengue hemorrágica

Exame confirmando causa da morte deve sair entre 7 a 15 dias. Mulher tinha sintomas de dengue grave, diz Saúde.


Mulher morre em hospital no AC após suspeita de dengue hemorrágica

A Saúde em Cruzeiro do Sul está investigando as causas da morte de Neiva Nascimento, de 42 anos, que morreu na madrugada desta quarta-feira (6) depois de dar entrada no Hospital do Juruá com sintomas de dengue hemorrágica.

Muana Araújo, coordenadora municipal de Endemias de Cruzeiro do Sul, disse que o resultado confirmando a causa da morte deve sair entre 7 a 15 dias por meio da sorologia.

“A gente agora está aguardando o comitê de óbito dar o seu aval, só eles que podem fazer isso. Fomos informados de que ela entrou no hospital às 8h50, foram feitos os procedimentos e foi a óbito às 2h15. Ela tinha sintomas de dengue grave, dor abdominal, dor no corpo, estava pálida. Então, o médico classificou como grupo D e encaminhou para nós”, explicou.

G1 entrou em contato com a família de Neiva, mas os parentes não tinham condições de falar sobre a morte da mulher.

‘Erro médico’


A filha da comerciante, Sabrina Nascimento, de 21 anos, contou que a mãe procurou o hospital pela primeira vez na semana passada. Segundo ela, o bairro em que moram, Várzea, tem concentrado um alto índice de dengue. Então, mesmo sem a confirmação, Neiva foi para o hospital e a família indicou ao médico que ela poderia estar com dengue.

“Ela estava com febre alto e uma dor no estômago, que nós achávamos que era por conta da dengue. Chegamos lá 13h e só fomos atendidos às 16h, porque só tinha um médico atendendo. Ela não conseguia ficar sentada, em pé, isso é muito sofrimento pra uma pessoa que está com tipo de doença que ela tava”, diz.

A filha conta ainda que o médico atendeu a comerciante, mas disse que o exame para constatar a doença só podia ser passado depois de cinco dias da doença. O pedido, inclusive, foi feito para a data em que Neiva completaria esse período doente.

“Aplicaram um diclofenaco, um dipirona e foi pro soro, mas eu não sabia que era diclofenaco, ela terminou de tomar o soro, foi pra casa, aí depois disso, ela teve uma melhora no fim de semana. Mas, quando deu terça (5) ela já acordou com muitas dores no estômago, bem debilitada e minha tia levou ela pro hospital e ela já foi pra sala de emergência”, conta Sabrina.

Por conta da aplicação do diclofenaco, a filha acredita que houve erro médico e que a mãe tenha piorado por conta disso.

“Eu acredito que houve erro, porque nós falamos que a suspeita era totalmente de dengue, tanto que o exame foi passado de dengue, mas, mesmo assim, foi aplicado o diclofenaco e a hemorragia começou pelo estômago. A hemorragia era interna”, conta.


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