sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Estudante deixa CTI após ter intestino perfurado em lipoaspiração

Gabriela Nascimento Moraes está internada no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá

Rio - A estudante de educação física Gabriela Nascimento Moraes, de 23 anos, que teve o intestino perfurado ao se submeter a uma lipoaspiração no dia 10 de julho com a médica Geysa Leal Corrêa, em Icaraí, Niterói, teve alta nesta quinta-feira à tarde, do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá. Gabriela está agora em um quarto no hospital.

Na última segunda-feira (30), a paciente foi submetida à segunda cirurgia, que durou seis horas e terminou com a retirada de 20 centímetros do intestino. Gabriela está internada desde o dia 18 de julho. Na primeira operação, os médicos costuraram o intestino da estudante, mas, como ela continuava sentindo muita dor, foi necessária a segunda intervenção cirúrgica.

De acordo com o advogado Guilherme Frederico, que defende a família da vítima, somente amanhã (3) ele terá condições de saber quando Gabriela Moraes estará em condições de ser ouvida pela delegada Raíssa Telles, titular da Delegacia de Icaraí, responsável pela investigação do caso, para contar como tudo ocorreu no consultório médico.

O advogado disse que o procedimento estético custou R$ 4,2 mil e que a estudante procurou a médica por indicação de uma amiga. Ao chegar em casa depois da lipoaspiração, Gabriela começou a sentir fortes dores no abdômen, que se irradiavam para todo o corpo. Um dia depois, uma secreção começou a sair da barriga da estudante que, apavorada, entrou em contato com a médica relatando que tinha tomado uma sopa e estava com a impressão de que o alimento saía pela marca onde a cânula entrou para retirar a gordura do abdômen.

De acordo com Frederico Guilherme, ao voltar ao consultório da médica, Gabriela recebeu uma lista de antibióticos e anti-inflamatórios ao preço de mais de R$ 700 e, como as dores não passavam, foi internada às pressas.

Investigação

Segundo a Polícia Civil, a médica Geysa Leal Corrêa, especializada em otorrinolaringologista, fazia procedimentos estéticos em sua clínica.

Ela já está sendo investigada pela morte da pedagoga Adriana Ferreira Pinto, de 41 anos, que morreu seis dias após uma lipoescultura realizada no dia 16 de julho. Geysa responde a mais três processos por erro médico em procedimentos estéticos. O marido da pedagoga disse que ela fez uma lipoaspiração no abdômen e um implante de gordura nos glúteos. Passou mal em casa, foi levada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas já chegou sem vida. 

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