Ela prestou queixa na Polícia Civil. Hospital informou que médico foi afastado e abriu sindicância para apurar denúncia.
Hospital afastou médico após denúncia em Arapiraca (Foto: Divulgação/Ascom) |
Uma técnica de enfermagem denunciou à Polícia Civil que foi agredida por um médico dentro do Hospital Regional de Arapiraca, no Agreste do estado. O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Sateal) encaminhou uma denúncia ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e a Procuradoria Regional do Trabalho (PRT).
Segundo o presidente do Sateal, Mário Jorge, o caso aconteceu no dia 24 do mês passado, durante um atendimento. A técnica de enfermagem estava acompanhando um paciente para um exame de raio-x quando houve a agressão.
“O médico questionou que o exame a ser feito deveria ser ultrassom, mas a técnica de enfermagem disse que a família do paciente não tinha dinheiro para pagar. Ela foi agredida com um tapa no rosto.
O médico ainda perguntou se ela queria que ele tirasse o dinheiro do próprio salário e a agrediu novamente com outro tapa no rosto”, conta Mário Jorge.
Segundo o sindicato, a mulher foi internada com hipertensão. “Ficamos sabendo do caso por colegas de trabalho dela e imediatamente fomos verificar o que aconteceu e prestar todo apoio necessário”, diz.
A técnica de enfermagem fez um Boletim de Ocorrência na delegacia. Ela entrou em licença médica por dez dias após a agressão.
A assessoria de comunicação do Hospital Regional informou que, assim que a unidade de saúde tomou conhecimento da denúncia, afastou o profissional e abriu uma sindicância para apurar o caso.
O delegado regional de Arapiraca, Igor Diego, confirmou que foi feito o Boletim de Ocorrência, mas disse que a vítima precisa comparecer à Delegacia de Proteção aos Direitos das Mulheres para formalizar a denúncia para que o caso seja investigado.
“A investigação do crime depende da representação dele, ela precisa dizer formalmente que quer processar o autor do fato. Entretanto, até a presente data ele não compareceu à Delegacia”, disse o delegado.
“Esse médico já tem histórico de maus-tratos e humilhação contra profissionais da enfermagem. Não admitimos esse tipo de postura e pedimos para que todos os profissionais que passarem por isso denunciem ao sindicato, ao Conselho de Enfermagem ou ao Ministério do Trabalho”, orienta o sindicalista.
O Sateal comunicou que aguarda a conclusão do inquérito policial para fazer uma denúncia à Justiça e ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
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