sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Bebê nasce morto após gestante ser dispensada pelo Hospital Ruth Cardoso

Direção do hospital diz que não identificou falha médica


Uma mulher registrou boletim de ocorrência por homicídio culposo contra o Hospital Municipal Ruth Cardoso após seu bebê nascer morto. Ela acusa o hospital de negligência médica.

A então gestante, de 40 semanas, sentiu fortes dores, foi ao hospital na manhã desta quarta-feira (19) e realizou todos os procedimentos. Após ser atendida, foi dispensada, pois o médico disse que não estava na hora do bebê nascer.

À tarde, ela retornou ao hospital e foi internada às pressas para realizar a cesariana, mas não recebeu seu filho em seus braços. Ele estava morto.

O QUE DIZ O HOSPITAL

Em nota, a direção do Hospital Municipal Ruth Cardoso comunicou que, assim que o fato ocorreu, reuniu imediatamente o Corpo Clínico do Hospital, a coordenação da Neonatal e do Centro Obstetrício e a médica responsável pelo parto, para apurar se houve algum procedimento falho ou negligência. O prontuário médico da paciente foi revisado e foi constatado que todo o procedimento adotado foi correto sem identificação de falha médica ou qualquer atitude que tenha posto em risco a vida e causado a morte do bebê.

O hospital ainda ressaltou que realiza em média 300 partos por mês e 99% deles ocorrem com sucesso. O caso é considerado uma fatalidade já que todo o trabalho de parto “ocorreu de forma normal e toda a assistência pós-nascimento foi prestada ao recém-nascido por profissionais qualificados”. A família recebeu o acolhimento da assistência social e dos profissionais do hospital.

3 PARTOS SEM SUCESSO POR MÊS

Se 99% dos partos ocorrem com sucesso, então, estatisticamente, cerca de três partos por mês são realizados sem êxito, ou, um a cada 10 dias. Nesta semana, já são pelo menos dois casos. O outro, aconteceu na segunda-feira, 17.


“Não foi só o caso dessa mulher. Aconteceu a mesma coisa comigo”, publicou Suellen Lima em seu perfil na internet. Na postagem, ela conta que estava na obstetrícia, e uma enfermeira a levou para a recepção, onde ficou sangrando por quase cinco horas. “Depois, mais uma hora lá dentro e com muita dor, eu chorava e ninguém me atendia. Cheguei era 16:58 foram me atender 20:55, porque minha mãe teve que fazer escândalo e teve que me colocar na porta da obstetrícia pra eles me atenderem. Depois disso, fiquei mais uma hora lá dentro esperando eles me atenderem”, relata. “Perdi meu filho por conta deles. Eles viram eu sangrando, passavam por mim e viam o sangue no chão do hospital. Sangrei muito, e o médico foi muito ‘ogro’. Estou indignada, perdi meu filho por demora. Foi negligência médica”, desabafa.



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