Entretanto, através da assessoria, o Hospital Getúlio Vargas afirmou que a cirurgia só foi adiada porque o paciente não quis esperar a realização do procedimento que seria feito na próxima semana
Uma mulher identificada como Cleidiane da Silva procurou a reportagem do OitoMeia para fazer uma denúncia em desfavor do Hospital Getúlio Vargas (HGV), localizado no Centro de Teresina. De acordo com a fonte denunciante, o hospital está sem material suficiente para realizar cirurgias de alta complexidade. Cleidiane afirma que há dois anos Antonio Rodrigues da Silva, irmã dela e paciente do HGV, espera na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar a cirurgia na coluna.
“E ele deu entrada no domingo [25/11], após aguardar por dois anos. A cirurgia deveria acontecer às 8 horas da última quinta-feira [29]. Só que o médico disse que estava faltando material e que, por conta disso, não teria como fazer o procedimento cirúrgico no meu irmão”, relatou ao OitoMeia Cleidiane da Silva.
Natural de Hugo Napoleão, cidade a 115 quilômetros ao Sul de Teresina, Antônio Rodrigues da Silva espera há anos para realizar a cirurgia na coluna para corrigir um rompimento. Atualmente, o paciente, que trabalhava com gesso, vive com recursos oriundos do INSS, se queixa de muita dor e está indignado, segundo alega Cleidiane. “Porque há muito tempo ele espera. Ele sente muita dor e o médico disse que o problema dele tem três graus e dois deles já se romperam. Antonio precisa colocar dois parafusos, mas agora só em janeiro”, completou a irmã.
Cleidiane alega ainda que o hospital deu um novo prazo para realizar a cirurgia: 6 de janeiro de 2019. “E não foi só a dele não. A maioria dos pacientes que estavam aqui também tiveram as cirurgias canceladas por falta de material. Estamos nos mobilizando para ver se conseguimos fazer alguma coisa. Meu irmão precisa realizar a cirurgia urgentemente”, lamentou Cleidiane.
FALTA COLA E PINCEL
A irmã de Antonio afirmou ainda que um paciente que estava internado em uma maca ao lado da de seu irmão também teve a cirurgia cancelada porque faltava um pincel e uma cola para realizar o procedimento cirúrgico. “E ele também só soube na hora de entrar na sala de cirurgia. Desde outubro ele esperava. E nós estamos nessa situação. Ontem uma pessoa disse que falta até algodão. Ou seja, falta material, mas eles marcam a cirurgia mesmo assim”, criticou Cleidiane.
Um outra fonte denunciante que preferiu não se identificar alegou que foi realizar um procedimento odontológico no Hospital Getúlio Vargas na última quinta-feira (29) e foi informada, quando chegou ao local, por uma médica de outro setor, que o procedimento não poderia ser realizado porque estava faltando material odontológico na área de Buco Maxilar e que por conta disso não teria como fazer.
OUTRO LADO
Através da assessoria de comunicação do Hospital Getúlio Vargas, o médico que acompanha o paciente Antônio afirmou que a cirurgia foi remarcada para janeiro de 2019 porque a família não quis esperar para realizar o procedimento cirúrgico na próxima semana. Ainda segundo a assessoria, após a próxima semana alguns médicos entram de recesso e por isso a nova data foi marcada para janeiro. A diretora do hospital, doutora Fátima, deve se reunir com o secretário de Saúde do Piauí nesta sexta-feira (30) às 16h para falar sobre questões relacionadas ao HGV.
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