Na quinta-feira, 27, Raimundo Nonato Alves Pinto, de 68 anos, morreu no HGR (Hospital Geral de Roraima), após complicações decorrentes de uma queda dentro de casa, quando quebrou o fêmur. O incidente aconteceu no dia 27 de novembro. A família denunciou que houve negligência da equipe médica da unidade de saúde.
De acordo com um dos familiares, a vítima escorregou enquanto caminhava e sofreu a fratura, sendo levada para o HGR, mas ninguém imaginava que uma quebradura óssea seria o início do fim da vida do idoso. Ele foi levado para o leito, onde ficou até o dia 21 deste mês, mas, conforme a família, recebeu um atendimento precário.
“Chegamos a solicitar da equipe um raio-x do tórax, mas ninguém fez nada e os batimentos cardíacos reduziram demais. Ele foi levado às pressas ao Trauma, onde apareceram pelo menos quatro médicos. Eles deveriam ter feito alguma coisa enquanto ele estava no leito. Depois disso, foi levado para a UTI [Unidade de Terapia Intensiva], onde morreu”, explicou.
Segundo o denunciante, seu Raimundo era diabético, mas não era um homem inválido e foi difícil acompanhar a evolução do quadro clínico por uma série de complicações que afetaram, principalmente, os pulmões e rins, resultando na morte por parada cardiorrespiratória.
Ainda na quinta-feira, o corpo foi removido até a sede do Instituto de Medicina Legal (IML), pelo rabecão, e na manhã de ontem, 28, passou por necropsia antes de ser liberado à família para realização do funeral e sepultamento.
GOVERNO – Por meio de nota, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) disse que lamenta o ocorrido e se solidariza com a perda da família, no entanto, ressaltou que a direção do HGR (Hospital Geral de Roraima) nem a própria secretaria interferem na relação médico-paciente.
“Portanto, qualquer cidadão que se sentir prejudicado em seu atendimento deve formalizar uma denúncia, neste caso, na Ouvidoria do SUS, para que haja a devida apuração. Ao receber a reclamação, a Sesau realiza uma investigação minuciosa do fato e se for comprovada qualquer negligência, os envolvidos são devidamente punidos”, destacou.
A nota também ressaltou que, quando a denúncia é formalizada, o caso é avaliado pela Comissão de Ética da unidade e encaminhado ao Conselho Regional de Medicina, instituição com propriedade para apurar se houve ou não inconformidade na conduta médica, garantindo a ampla defesa dos investigados.
Segundo a Sesau, a Ouvidoria do SUS pode ser acionada por telefone (95-2121-0590 ou 136/nacional), por e-mail e ainda pessoalmente ou por carta endereçada à rua Madri, 180, Aeroporto, Boa Vista-RR, CEP 69.310.043. O órgão é responsável por apurar as demandas e dar um retorno à população, processo que é monitorado pelo Ministério da Saúde. (J.B)
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