Cirurgião foi condenado após bioplastia deixar paciente com o rosto deformado na capital. Entenda o método
Cremego diz que vai apurar denúncias contra cirurgião plástico de Goiânia |
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) vai apurar denúncias contra um cirurgião plástico que atua no Setor Oeste, em Goiânia.
O médico foi denunciado por vários pacientes que ficaram com deformações no rosto após passarem por procedimentos estéticos com o profissional.
No dia 27 de novembro, ele foi condenado a pagar quase R$ 24 mil de indenização por danos materiais, morais e estéticos a uma paciente que fez um procedimento estético no queixo, em Goiânia.
Cabe recurso à decisão.
Nenhuma denúncia
Segundo o Cremego, o profissional está inscrito no Conselho desde 2003 e não tem especialidade médica registrada.
No entanto, o órgão ressalta que não havia sido procurado antes por pacientes do médico para qualquer queixa referente a insatisfação ou indício de erro.
As primeiras denúncias contra o cirurgião foram levadas em outubro à Polícia Civil. Devido a elas, o profissional recebeu uma “censura pública”.
As apurações de denúncias contra médicos instauradas tramitam em sigilo processual, conforme determina o Código de Ética Profissional da categoria.
Método utilizado pelo médico
Em nota, o Cremego ainda reafirmou alertas sobre os riscos da utilização indiscriminada de certas substâncias na bioplastia, técnica realizada pelo médico denunciado.
O Conselho ressaltou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Cremego condenam o uso indiscriminado do polimetilmetacrilato (PMMA).
“Em um parecer editado em 2013, o CFM recomendou que, quando necessário, o uso do PMMA seja feito por médicos e em pequenas doses, pois a aplicação em grandes quantidades pode produzir resultados indesejáveis”, relatou.
Especialistas apontam que a substância não é absorvida pelo organismo e pode apresentar graves reações, como processos inflamatórios crônicos e nódulos.
Verificação de profissionais
Para os pacientes que ficaram assustados com a repercussão do caso, a orientação do conselho é a cautela.
“Ao buscar atendimento médico, verifique antes se o profissional é registrado no Conselho e se tem a especialidade médica que ele anuncia”, orienta.
Essas informações são públicas e podem ser obtidas por meio do site do Cremego.
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