quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Médico denuncia falta de oxigênio no Hospital Wildy Viana, no município de Brasiléia


A crise na saúde pública do Acre está atingindo a cada dia mais a rotina dos pacientes do Sistema Único de Saúde no Acre (SUS). Dessa vez, o Hospital Wildy Viana, de Brasiléia, ficou sem oxigênio para atender os pacientes do setor de emergência da unidade de saúde. A denúncia foi feita por um médico ao site O Alto Acre.
Segundo o médico Rodrigo Santiago, os profissionais estão “perdendo a vergonha” em pedir que os acompanhantes dos pacientes comprem materiais ou medicamentos necessários aos atendimentos dos usuários que chegam ao hospital acometidos muitas vezes com problemas graves de saúde.
“Tivemos situações que perdemos a vergonha, pois, pedimos a pacientes que comprassem os remédios. Tivemos que ligar para muitas pessoas para ter combustível nas ambulâncias, não temos o nosso café e recentemente, um familiar teve que comprar oxigênio para que seu ente sobrevivesse”, desabafou o médico.

De acordo com o site, os pacientes e funcionários estão tendo de tirar do bolso o dinheiro para ter serviços considerados essenciais em uma unidade de saúde. Servidores do hospital afirmam que até as refeições servidas no hospital, incluindo o café dos plantonistas, está faltando com frequência.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) negou as denúncias e disse que quanto ao oxigênio houve apenas uma falta do “fluxômetro”, controle usado para registrar o uso do oxigênio utilizado na unidade de saúde. O problema, segundo a Direção do Hospital Wildy Viana, foi resolvido com a ajuda da equipe do Hospital de Xapuri.
Quanto às refeições liberadas pelo hospital, a Direção alega que houve sim, uma redução, mas que o problema foi pontual e já está resolvido pela gerência. O hospital não comentou o fato de pacientes e acompanhantes serem orientados a comprar medicamentos e materiais para os atendimentos.


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