sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Duas clínicas para reabilitação são interditadas por suspeita de cárcere privado


Duas clínicas de recuperação de dependentes químicos em Várzea Grande foram interditadas nesta quarta-feira (19) pela força-tarefa de fiscalização formada pelo Ministério Público Estadual, Polícia Judiciária Civil, Vigilância Sanitária de Várzea Grande, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e Coordenação de Saúde Mental.

As clínicas Vivare e Signorelli estavam sem alvará sanitário de funcionamento. Juntas, as duas atendiam cerca de 50 internos. A interdição foi decorrente de denúncias recebidas pelos órgãos de fiscalização. Em 13 de dezembro deste ano, outras duas clínicas foram fechadas por crimes como cárcere privado, medicamentos de origem duvidosa e exercício ilegal da profissão de médico.
   
Ao todo, foram retirados 131 pacientes internados por, em grande maioria, dependência química e transtornos mentais. Eles foram encaminhados para suas cidades de origem ou transferidos. 

Conforme relatos colhidos no local, nos casos em que os pacientes ficavam agressivos eles eram amarrados até se acalmarem ou eram obrigados a ingerir calmantes. Os que se negavam a fazer uso via oral recebiam a sedação de forma intravenosa.   

A fiscalização encontrou também dois pacientes que eram mantidos em cárcere privado. Eles não sabiam quem os levou e nem ao certo há quanto tempo estavam ali. Além disso, foi constatado que as clínicas não comunicavam ao Ministério Público Estadual, no prazo de 72 horas, a internação involuntária de pacientes. 

O delegado Bruno Lima Barcellos, da 1ª DP de Várzea Grande, disse que alguns pacientes estavam internados sem ordem médica ou judicial, por conta disso foi constatado o cárcere privado, além de duas das clínicas estarem com armazenagem de medicamentos sem origem, que eram ministrados aos pacientes por pessoa não habilitada. 


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