Maria dos Santos Sousa conta que o atendimento para o filho diabético foi negado pelo próprio médico.
Falta de atendimento em hospital é denunciado em Timbiras |
A aposentada Maria dos Santos Sousa denunciou a falta de atendimento do Hospital Regional de Timbiras, a 316 km de São Luís. Ela afirma que o atendimento do filho Adão de Sousa Almeida foi negado pelo próprio médico.
O paciente foi diagnosticado com diabetes há nove anos e no dia da consulta, a glicemia estava marcando 538 quando o normal é 110. A aposentada conta que era para ter sido apenas um retorno onde a pedido do próprio médico, buscava saber se o filho continuaria ou não tomando um remédio receitado anteriormente.
Resultado da glicemia deu um total de 538 sendo que o normal é 110 — Foto: Reprodução/TV Mirante |
De acordo com Maria dos Santos, o filho já teve dedos amputados por conta da doença e precisava fazer drenagem nos pés, mas o médico pediu que ela voltasse em oito dias. “Eu disse: Doutor, atenda ele em nome da sua família, ele é o quarto, não tem mais pacientes para o senhor e ele simplesmente disse para mim: Não meta a minha família no seu pedido. Naquele momento eu me senti constrangida, me retirei do consultório e fui perguntar onde era a sala do diretor”, relembrou.
O médico cirurgião vascular foi procurado, mas ele só atende no município de Timbiras durante dois dias da semana. Portanto, o diretor do hospital, Sansão Pinheiro, explicou que não houve erro por parte do médico, já que, no momento do pedido ele estava realizando duas consultas urgentes e que a denunciante não teve paciência para esperar que o problema fosse resolvido.
“Quando é um caso de urgência, o hospital tem um médico clínico para fazer esse atendimento. Se a diabetes está alta, ela só sabe que está alta porque ela passou por uma triagem anteriormente. O médico clínico interna ou pede um parecer para outro médico quando vê que o caso é muito grave e isso tudo foi feito. O que não foi feito foi o atendimento com o médico vascular que não estava consultando no momento porque quem estava consultando no momento era o médico clínico. Tudo se complicou porque ela não me esperou, eu ia resolver o problema”, explicou.
Maria dos Santos entende que o filho e ela foram desrespeitados na utilização do serviço de público. “Eu me senti humilhada vendo o meu filho voltar sem fazer um curativo, sem ser atendido, observar a diabetes dele sem mandar fazer a limpeza no pé dele. Eu vou procurar a Justiça, nós vamos brigar na Justiça e ele pode se preparar porque eu estou com toda a documentação na mão. Eu não gostei da maneira como fui atendida”, finalizou.
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