terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Huerb parou de fazer cirurgias por falta de material e médicos, denuncia paciente



Pacientes que estão internados no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) reclamam da demora em procedimentos cirúrgicos e da falta de médicos na unidade. Segundo o taxista Jamilson rodrigues, de 49 anos, que está com a mãe internada, a informação é que as cirurgias estão suspensas por falta de insumos.
Ao G1, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou que foi feito um contato com a empresa fornecedora de material e o problema da falta de insumos “está resolvido”. Segundo o órgão, o material deve ser entregue ainda este sábado (8) na unidade de saúde.
Ainda conforme a secretaria, com relação ao pagamento dos médicos, não está suspenso, porque eles são servidores do estado e os pagamentos estão em dia.
Sem saber mais a quem recorrer, o taxista diz que a mãe Antônia Sombra, de 71 anos, está há 13 dias internada na unidade aguardando uma cirurgia de cateterismo. Segundo ele, a idosa teve uma parada cardíaca e precisa com urgência fazer o procedimento.
“Ela mora em Senador Guiomard e veio para Rio Branco de Samu depois da parada cardíaca. Internaram ela, disseram que iam fazer o cateterismo e já está com 13 dias e nada. Não deram nenhuma previsão, o pessoal só fala que o governo não está pagando os médicos, que não tem material para cirurgia. Tem muita gente lá internada esperando por cirurgia”, contou o taxista.
O biomédico Ildercílio Lima, de 29 anos, disse que está internado há três dias na unidade aguardando um especialista. Segundo ele, inicialmente apresentava sintomas de apendicite, fez exames e ficou sabendo que seria um problema renal e que precisaria de um especialista.
“A médica que estava de plantão solicitou especialista e disse que ele chegaria em 12h, mas até agora esse especialista não veio. Informaram que não poderiam entregar meus exames, que se eu sair do hospital, sairia por evasão, mesmo que fosse para buscar auxílio de outros especialistas. Aqui na sala de observação está lotado de gente sem se alimentar esperando cirurgia”, afirmou o biomédico.

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