sexta-feira, 27 de julho de 2018

Corpo de Emilly Vitória será sepultado na tarde desta sexta-feira, em Irajá

Emily Vitória, de três meses, teve quadro agravado e faleceu no CTI do Hospital Municipal Menino Jesus  
 Reprodução / G1 / RJTV
RIO - O corpo de Emilly Vitória, de três meses, será sepultado às 13h desta sexta-feira, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. A menina passou duas semanas internada em um quarto com mofo e infiltrações no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, também na Zona Norte, com quadro de bronquite. Ela só foi transferida para outra unidade após a família obter duas liminares na Justiça.

A criança deu entrada no Hospital Municipal Jesus, em Vila Isabel, na terça-feira, mas não resistiu e morreu no dia seguinte. O corpo foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) na quinta-feira, mas a dificuldade em encontrar vaga em cemitério atrasou o enterro. A intenção dos pais da menina era sepultá-la em Inhaúma, mesmo bairro onde a família vive, mas só conseguiram vaga em Irajá.

O pedreiro José Carlos da Silva, de 33 anos, pai de Emilly, contou que o corpo da filha foi submetido a autópsia pedida pelo hospital onde ela faleceu e pela Polícia Civil. Ele acredita que a menina foi vítima da negligência do hospital.

- Só sugeriram que eu procurasse a Justiça para pedir uma liminar para conseguir a transferência quando o estado dela piorou. Nem sabia que tinha essa possibilidade (de recorrer à Justiça) senão já tinha corrido. Elas podiam ter me alertado antes - reclamou o pedreiro, também pai de um menino de oito anos.

José Carlos contou ainda que mesmo com as liminares nas mãos, obtida no começo da semana, a transferência para a outra unidade ainda demorou. A primeira conseguida no domingo ordenava a transferência em até 11 horas e foi descumprida. Ele então deu entrada com outro pedido na segunda-feira.

Ao saber que já tem outra criança internada no mesmo quarto do Salgado Filho, o pai da Emilly disse temer pela sorte dela. Micaela, de três anos deu entrada na unidade vítima de atropelamento.


O Globo




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