Delegado Arthur Cesar - Reprodução |
O delegado de Teotônio Vilela, Arthur César, responsável pelo caso do bebê que morreu após a mãe ter passado por quatro unidades de saúde, disse que o inquérito vai estar concluído na próxima semana. Ele instaurou procedimento que apura a conduta dos profissionais que atenderam Maria Quitéria Moreira, mãe da criança.
"Estamos em posse dos prontuários das maternidades em que a gestante esteve. Também já ouvimos a acompanhante da grávida e o marido dela. O próximo passo será analisar os autos e definir quem vamos intimar das unidades de Teotônio e São Miguel, além das outras duas em Maceió”, disse o delegado.
Arthur César explicou que os prontuários das unidades onde Maria Quitéria esteve serão todos comparados.
“Se chegarmos à conclusão que os profissionais da cidade de Teotônio agiram com responsabilidade, vamos encaminhar o caso para outra delegacia. Só depois de analisar os autos e os depoimentos tomaremos as medidas cabíveis”, declarou.
Entenda o caso
A dona de casa Maria Quitéria de Oliveira Moreira (42) viu seu filho nascer morto após atraso para a intervenção de uma cesariana. O fato ocorreu no dia 19 de junho de 2018, na Maternidade Santa Mônica, em Maceió.
Segundo o esposo de Quitéria, José Elias da Silva, ela começou a sentir as contrações durante o fim de semana e começou a ser atendida em Teotônio Vilela, cidade onde reside a família.
Os pais foram até a Unidade Mista Nossa Senhora das Graças, em Teotônio Vilela, quando começaram as contrações, mas os profissionais que atenderam pediram que ela voltasse pra casa. No dia seguinte, o casal retornou a Unidade Mista e em seguida foi para a Santa Casa na cidade de São Miguel dos Campos, que fica a 41 Km de Maceió.
De lá foram encaminhados para a Maternidade Nossa Senhora de Fátima e em seguida para a Santa Mônica, ambas em Maceió. Em nenhum momento foi cogitado pelos médicos a possibilidade de uma cesariana e o tempo todo a orientação era para que esperassem um pouco mais.
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