Bebê morreu após 14 dias internado - Arquivo Pessoal |
O Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) instaurou sindicância para investigar a conduta dos médicos envolvidos no parto de Luana Lacerda Pinto. A jovem acusa o Hospital Geral Universitário (GHU) de violência obstétrica que resultou na morte do seu bebê e na impossibilidade de uma nova gravidez.
Conforme o CRM, o procedimento foi aberto ainda na segunda-feira (23), mesmo dia em que a mulher fez a denúncia e um protesto em frente ao HGU. Agora, serão ouvidos os envolvidos e coletadas provas materiais para se avaliar se houve a irregularidade alegada pela mãe.
Realizados os procedimentos, a Câmara de Ética do CRM irá avaliar se há comprovação de que houve erro e, então, aceitar a denúncia e abrir processo ético profissional ou, caso contrário, arquivar a denúncia.
O caso
A mãe conta que no dia 07 de julho, às 2h30 da manhã, chegou ao HGU para o nascimento do seu filho. “Cheguei com dores, me deixaram em uma sala para esperar para ver se ia ter dilatação, sendo que eu não tinha condições de ter um parto normal. Era cesáreo, igual ao meu primeiro. Me deixaram lá até as 15h20”, relatou.
Ela ficou 13 horas em trabalho de parto, o seu útero estourou e o coração do bebê parou. Só assim a encaminharam para a cesariana de emergência.
Luana ainda relata que, mesmo na sala de cirurgia, ela não foi submetida à cesárea. Denuncia que os médicos subiram em sua barriga para expulsar seu filho.
A criança foi reanimada e ficou 14 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do hospital, porém morreu na sexta-feira (20).
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