Realizada em 25 de janeiro, a ação da Polícia Federal investiga a “Máfia do Coração”
Operação Again cumpriu mandados de busca no HU em janeiro. (Foto: André Bittar/Arquivo) |
A Justiça Federal mandou que dois alvos da operação Again (de novo) – um médico e um empresário - voltem a utilizar tornozeleira eletrônica. Realizada em 25 de janeiro, a ação da PF (Polícia Federal) investiga a “Máfia do Coração” em hospitais. Na ocasião, o médico Mercules Pedro Paulista Cavalcante e o empresário Pablo Augusto de Souza Figueiredo passaram a ter monitoramento eletrônico pelo prazo de 120 dias.
Com o término do período, o MPF (Ministério Público Federal) recorreu e a 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande restabeleceu a exigência da tornozeleira eletrônica.
Para o médico, foi mantido o afastamento de suas funções públicas; proibição de se comunicar e de se aproximar de um raio de 300 metros de Pablo e dos demais investigados; proibição de acessar e de se aproximar de um raio de 300 metros do HU(Hospital Universitário) de Campo Grande, HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian e do HU (Hospital Universitário) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
Em relação a Pablo Figueiredo, foi determinado afastamento de suas atividades profissionais, desenvolvida por meio da empresa Amplimed Distribuidora de Materiais Hospitalares Ltda ou por qualquer meio relativo à venda de materiais hospitalares ou relacionamento com órgãos públicos da área da saúde; proibição de manter comunicação e de se aproximar Mércule e dos demais investigados, e proibição de de aproximar dos hospitais.
O médico e o empresário apontaram a “desnecessidade” de resgatar as medidas cautelares. A Justiça ainda liberou que a Funsau (Fundação de Saúde) tenha acesso ao processo.
Relações - Mercule era “autoridade máxima” no setor de hemodinâmica do Hospital Universitário de Campo Grande, que em 2013 já havia sido investigado na “Máfia do Câncer”.
A PF apura a ligação entre o médico e o empresário Pablo Figueiredo, dono da empresa Amplimed, que tem sede no Pará. É apurado pagamento de viagens e veículos de luxo (com valor acima de R$ 200 mil) pela empresa ao médico.
A suspeita é que os desvios passem de R$ 3,2 milhões, envolvendo fraude em licitação, superfaturamento e desvio de material utilizado em tratamento de cardiopatias.
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