quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Denúncias por exercício ilegal de medicina no Rio já superam números de 2017





Os recentes casos de mortes de mulheres que passaram por procedimentos estéticos no Rio provocaram uma onda de denúncias contra o exercício ilegal de medicina. De acordo com o Disque-Denúncia, desde janeiro até terça-feira, dia 31 de julho, foram 38, quatro a mais que o registrado durante todo o ano de 2017: 34.

Ainda de acordo com informações do portal, mais da metade das denúncias recebidas foram contra Denis Cesar Barros Furtado, o Doutor Bumbum, acusado de realizar a intervenção que teria causado a morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos. Apesar de ser médico, ele atuava no Rio sem registro. Desde que a história veio à tona foram 25 queixas contra ele.

Um levantamento feito pelo jornal EXTRA, via Lei de Acesso à Informação, o Tribunal de Justiça do Rio condenou somente cinco réus em primeira instância por exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica, além de uma absolvição. Para fins de comparação, o número é idêntico ao total de indiciamentos (cinco) pelo mesmo crime que uma única delegacia, a Delegacia do Consumidor (Decon) registrou nos últimos quatro meses.

Após a morte da bancária, que passou pelo procedimento estético dentro de um apartamento na Barra da Tijuca, surgiram outros casos, entre eles a morte da modelo Mayara Silva dos Santos, de 24 anos, que passou mal após passar por um procedimento nos glúteos e nas coxas dentro de um edifício no Recreio.

Além dela, também foi registrada a morte da professora Adriana Ferreira Capitão Pinto, de 41 anos, uma semana após fazer uma lipo nas laterais do abdômen e um implante de gordura nos glúteos com uma médica numa clínica de Niterói. A mesma profissional é acusada de ter perfurado o intestino de uma estudante de 23 anos que está internada em estado grave em um hospital desde o dia 18 de julho.

PATY BUMBUM

A quarta morte registrada foi de Fátima Santos de Oliveira, de 44 anos, que teria passado por uma cirurgia clandestina para a colocação de silicone industrial. A acusada de ter realizado o procedimento, que afirmava ser enfermeira, foi presa. Ela teria feito implante de metacril nas nádegas de Fátima por duas oportunidades, uma em fevereiro e outra em março.

Outra que foi presa é Patricia Sílvia dos Santos, de 47 anos, indiciada por exercício ilegal da medicina. Conhecida como Paty Bumbum, a massoterapeuta atendia em uma clínica clandestina, em Curicica, na Zona Oeste do Rio.


Jornal Extra

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