Aroldo Murá, jornalista e professor, publica em seu blog desta terça-feira, denúncia feita pelo médico e pré-candidato a prefeito de Curitiba, João Guilherme de Moraes (Novo), onde aponta que a Vigilância Sanitária de Curitiba está confiscando medicamentos anestésicos em clínicas de cirurgia plástica da cidade, “sem argumentos ou diálogo”.
Diretores técnicos e médicos de clínicas procuraram João Guilherme dizendo, inclusive, que doariam os medicamentos se fosse pedido, mas ficaram indignados com a falta de planejamento da Prefeitura e com a forma do confisco. “O prefeito não se preparou para o aumento da pandemia, não comprou medicamentos e agora retira de clínicas, que investiram na compra desses medicamentos.
De acordo com um dos relatos ouvidos por João Guilherme, três servidores chegaram no meio da tarde recolhendo Propofol, adrenalina e outros medicamentos para anestesia geral. “Fiquei estarrecido com a maneira que foi feito. Fizeram apreensão, simplesmente. Disseram que iriam levar tudo que tivesse e pronto, que tínhamos de respeitar o decreto. Fuçaram tudo e levaram o que tínhamos dessas três medicações”. Contou o diretor técnico de uma das clínicas, declarando que se sentiu muito humilhado com a situação.
De acordo com o médico, não haveria falta destes medicamentos para compra. “A Prefeitura editou um decreto dando poder de confiscar dos hospitais a medicação. Preferem confiscar porque não querem pagar o preço do distribuidor. E isso dá o direito de retirar de empresas privadas e desta maneira? Não me parece uma gestão democrática, muito menos organizada.”
Prefeitura explica
A realização de cirurgias eletivas no Paraná está suspensa, temporariamente, conforme determina a Resolução 926/2020, do governo estadual. A Vigilância Sanitária, em Curitiba, fiscaliza os estabelecimentos, mediante denúncias feitas à Central 156. Quando constatado o descumprimento, é lavrado o auto de infração e é feita a interdição da atividade de cirurgia eletiva.
Paralelamente, devido à escassez no mercado de medicamentos usados para sedação, o município também tem feito a requisição desses produtos. A ação está amparada pelo Decreto Municipal 421/2020, que declarou Situação de Emergência em Saúde Pública em Curitiba e elencou as medidas que podem ser tomadas para o enfrentamento da pandemia.
Sobre os insumos requisitados está sendo avaliada a qualidade, bem como quantidade para definir a destinação.
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