domingo, 19 de julho de 2020

Médica é acusada de negligência em ST

Familiares do aposentado Braz Alves Neto, 68 anos, que faleceu no último dia 11 de junho, em Recife, após ser infectado pelo novo coronavírus, ainda estão de luto, mas a dor da perda atua como um fantasma. Na noite dessa terça-feira (14), a professora Aline Alves, de 34 anos, procurou a redação do Farol para denunciar a médica Yasmine Furtado, de negligência no atendimento aos positivados pelo Covid-19.

Segundo ela, que também está infectada pelo vírus, a médica atende na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Alto da Conceição, em Serra Talhada, mas foi negligente e desatenciosa durante a consulta do pai, que não resistiu.

“Eu estou cobrando um atendimento mais humano por esta que se diz médica. Afinal, todo paciente que ela atende, é o amor de alguém. Neste posto, não estão seguindo o protocolo de atendimento para a covid-19. Meu pai deu entrada com todos os sintomas e ela (Yasmine) não mediu a saturação, e mandou meu pai ir para casa, com dipirona e vitamina c, sabendo que ele estava com os sintomas, e que tinha tido contado com quem tinha contraído. Dois dias depois, tive que levar meu pai para o Hospam, já em estado grave, e acabou falecendo no sábado”, lamentou a professora.

Segundo ela, a queixa não é contra o sistema, mas a própria médica. Aline Alves deseja que, no mínimo, a médica seja retirada do atendimento público. “Eu também estou com covid-19, e fez do mesmo jeito comigo: só passou um antialérgico. Então, todos os outros postos passam os medicamentos do protocolo, e ela coloca a gente para ir pra casa, com dipirona e vitamina c. Um desserviço total para o bairro. O sistema é ótimo, mas a médica não está honrando a profissão”, reforçou.

O OUTRO LADO

A reportagem conversou, por telefone, com a médica Yasmine Furtado, que rebateu as acusações de negligência no atendimento ao Braz Alves Neto.

“Não houve negligência e segui o protocolo orientado pela Secretaria Municipal de Saúde. O paciente (Braz) chegou com sintomas leves de gripe, e não com sintomas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), não tinha dispneia, mediquei, e marquei o exame para a covid-19 para o dia 6 de julho, depois soubemos que o paciente tinha ido para o Hospam. Agi como manda o protocolo para síndromes gripais”, relatou a médica.

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