A paciente foi submetida a uma cirurgia de histerectomia total abdominal (remoção do útero) no hospital municipal de Aloândia, momento que a gaze ficou dentro dela.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou que o Hospital de Aloândia e médico devem indenizar paciente em R$ 50 mil. O valor é referente a danos morais depois que a paciente ficou com uma gaze no corpo após procedimento cirúrgico.
A juíza Ana Paula Tano, da Vara das Fazendas Públicas da comarca de Joviânia, fixou, além de R$ 50 mil reais os danos morais, o valor de R$ 950 reais por danos materiais, gastos em nova intervenção para a retirada da gaze.
Para a juíza, ficou configurada tanto a responsabilidade do ente municipal quanto a do médico atuante no caso. “Pelos documentos juntados aos autos e depoimentos das testemunhas, não há dúvidas de que após ter sido submetida a cirurgia de “histerectomia total abdominal”, realizada pelo primeiro réu (médico), na sede do Hospital Municipal de Aloândia (representado pelo segundo requerido), o primeiro requerido deixou uma compressa de gaze no corpo da autora, restando evidente o erro médico por parte do profissional da saúde”.
Erro do hospital de Aloândia e médico que devem indenizar paciente em R$ 50 mil
A paciente, uma dona de casa, que ajuda o marido a cuidar de uma fazenda, na condição de vaqueiro, sustentou que em 8 de julho de 2014, foi submetida a uma cirurgia de histerectomia total abdominal (remoção do útero) no hospital municipal de Aloândia, e que alguns dias após a liberação hospitalar, pelo médico que a atendeu, começou a sentir fortes dores, quando procurou o hospital novamente, sendo prescrito mais alguns medicamentos.
Segundo ela, as dores continuaram por diversos dias, e com maior intensidade. Porém, o médico sempre alegava que era normal, vez que se encontrava em fase de recuperação. Conta que ficou por quase três meses sentindo dores e que nem conseguia realizar os afazeres domésticos. Diante desse quadro, salienta que percebeu que a infecção aumentava, surgindo escorrimento e as dores eram intensas, momento em que foi levada para a cidade de Anápolis, para procurar auxílio.
No Hospital Nossa Senhora Aparecida foi constatado que uma compressa (tecido tipo gaze) havia sido esquecida de ser retirada do corpo da mulher no momento da cirurgia, o que fazia acarretar todos os problemas. Ela foi submetida a novo procedimento para a retirada da compressa.
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