quarta-feira, 29 de julho de 2020

Filhos de mulher que morreu após queda no Hospital Roberto Santos alegam negligência no atendimento


Maria Tânia Santos Gomes, de 58 anos, tinha feito uma cirurgia e acabou tomando uma queda na unidade, que, segundo filhos, agravou estado de saúde dela. Filhos de mulher que morreu internada no Hospital Roberto Santos alegam negligência
Os filhos de uma mulher que morreu após tomar uma queda enquanto se recuperava de uma cirurgia no Hospital Roberto Santos, em Salvador, alegam que houve negligência da unidade de saúde nos cuidados com a mãe.
Segundo familiares, Maria Tânia Santos Gomes, de 58 anos, morreu no último sábado (25). Ela tratava um problema nos rins e fazia hemodiálise desde 2019, no Instituto de Nefrologia e Diálise (Ined), em Brotas. No dia 18 de julho, Maria foi para o Hospital Roberto Santos para fazer uma cirurgia de troca de cateter.
No dia seguinte, os filhos de Maria argumentaram sobre a necessidade de acompanharem a mãe para outra sala, mas, segundo eles, o hospital negou o acompanhamento. Dona Maria acabou tomando uma queda e ficou internada na unidade durante a semana.
“Ela fez a troca e nisso eu avisei que ela tinha uns problemas. Ela teve um AVC em dezembro, que deixou ela perambulando, se ela tivesse andando sozinha, podia cair. Eu deixei a enfermeira e o restante de assistentes sociais que estavam lá cientes disso”, disse o filho Eurico Santos.
Hospital Geral Roberto Santos
Ruan Melo/G1 Bahia
“De madrugada, ela caiu e bateu a cabeça, ficou com um galo e, dois dias depois disso, teve uma crise convulsiva, uma dor de cabeça forte. Levaram para UTI 2, no primeiro andar, onde ela ficou de terça-feira até sábado. Não deixaram a gente entrar lá, porque alegaram ter um decreto, não me disseram qual era”, completou.
Os filhos também alegaram que o laudo médico da morte de Maria, constava que ela tinha suspeita de Covid-19. No entanto, a família contou que ela tinha saído da Ined com a temperatura estável, de 35,8ºC.
“Primeiro, eles [funcionários] disseram que não deixavam subir por conta da Covid mas, quando ela veio a óbito, eles permitiram que nós todos [filhos] subíssemos. Ela teve um AVC hemorrágico na cabeça, a insuficiência renal que a gente já sabia e, lavrou no laudo, para a gente pegar o corpo depois como suspeita de Covid. Ela não tinha Covid-19, saiu da clínica com a temperatura de 35,8º C”, explicou o outro filho Rui Santos.
O G1 entrou em contato com o Hospital Roberto Santos para comentar o caso e aguarda um posicionamento.
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