quarta-feira, 29 de julho de 2020

Família acusa negligência médica em UPAs e agressão de guarda

Servidor alegou que foi agredido com socos e chutes

Um servidor municipal de 34 anos, que trabalha em outra cidade alega que sua mãe sofreu negligência médica nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do Piracicamirim e Vila Cristina. O primeiro atendimento de sua mãe, de 56 anos, foi no último dia 11 e depois de idas e vindas às unidades de saúde com diagnósticos diversos, desde suspeita de covid-19, dengue, trombose e problemas de vesícula, finalmente ela foi encaminhada na noite deste domingo (26) à Santa Casa de Piracicaba, onde passou por cirurgia devido à uma colecistite. 

Ela chegou a sofrer uma parada cardíaca, precisou ser entubada, mas o fim da tarde de ontem  foi extubada e seu estado de saúde é estável. O filho da paciente, também denuncia que foi agredido por um guarda civil  dentro da UPA da Vila Cristina, antes da transferência de sua mãe ao hospital. De acordo com o servidor, sua mãe deu entrada à UPA do Piracicamirim, com febre alta e dores no corpo. Ela foi diagnosticada com suspeita de covid-19, fez teste, ficou em isolamento, mas os sintomas persistiam. “Levamos minha mãe à UPA Vila Cristina, onde fez exame de sangue e urina. Foi identificado que estava com infecções no rim e fígado e mesmo assim voltou para casa sem medicação. 

Dias depois retornamos e minha mãe passou a receber medicação em casa. No último domingo (26), por volta das 11h, voltamos à UPA Vila Cristina, porque ela ficou muito ruim, não conseguia mais ir ao banheiro sozinha. Fiquei espantado com a afirmação de uma enfermeira, que alegou que minha mãe estava com quadro de abstinência de álcool, ou droga. Minha mãe não usa isso. Respondi que ela deveria fazer seu trabalho. Ela saiu e retornou com um guarda”, afirmou o servidor. AGRESSÃO Ele alegou que estava sentado ao lado de sua mãe, quando recebeu o primeiro soco. “Fui retirado de lá com um mata-leão e depois recebi vários chutes. 

Me levaram até a delegacia e afirmaram que tinha resistido à prisão, além de falarem várias ofensas no caminho”, afirmou. 

OUTRO LADO 

A prefeitura informou, em nota, que a paciente deu entrada na UPA Vila Cristina às 11h13 de domingo (26), com dor abdominal. Assim que chegaram os resultados dos exames, foi solicitada vaga hospitalar. A vaga hospitalar foi liberada às 19h52 e a paciente foi transportada pelo Samu à Santa Casa às 20h55, com diagnóstico de colecistite aguda. 

Sobre a atuação do guarda, o comando da Guarda Civil informou que está sendo apurada. No boletim de ocorrência registrado no plantão policial, uma enfermeira da UPA alegou que o filho da paciente ficou alterado após ser informado que não poderia ficar como acompanhante da mãe e por isso chamou o guarda. O rapaz resistiu, caiu ao chão, machucou a testa e foi atendido na unidade.

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