segunda-feira, 23 de julho de 2018

Delegada ainda analisa documentos sobre caso de esteticista morta após cirurgia plástica



Foto: Reprodução
A delegada Alana Cardoso, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso da morte da esteticista Edléia Daniele Ferreira Lira, falecida após uma cirurgia plástica no dia 13 de maio no Hospital Militar em Cuiabá, ainda analisa os documentos sobre o caso. A assessoria da Polícia Civil afirmou também que a delegada ainda ouve Simone Bueno, esposa de Daniele, que estava com ela no dia da morte.

Os documentos colhido pela advogada de Simone Bueno, esposa de Daniele, foram entregues à Polícia Civil no mês passado. Os mesmos documentos já tinham sido levados ao Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), que apura o caso por meio de uma sindicância.

A Polícia Civil afirmou que a delegada Alana Cardoso, responsável pela investigação, ainda está analisando os documentos sobre o caso. A assessoria ainda teria informado que a delegada também está ouvindo Simone, que estava com Daniele no dia de sua morte.

No último dia 12 de junho a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) havia divulgado o laudo de avaliação dos prontuários do caso da morte da esteticista. A conclusão é de que não houve a perfuração de nenhum órgão ou veia vital, mas que ela morreu em decorrência de um choque hemorrágico em função de sangramento, diretamente ligado à lipoaspiração. As apurações, no entanto, não foram encerradas.

Na ocasião, delegada Alana Cardoso afirmou que o trabalho estava começando e “como se trata de um  evento bastante específico, técnico, nós precisávamos primeiramente do monitoramento do IML, da Politec pra que nós tivéssemos o start, o início do trabalho de investigação. É o nosso marco de responsabilização no campo criminal, e agora nós começamos efetivamente a investigação”.

O caso
A cuiabana Edléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, Daniele Bueno nas redes sociais, faleceu no dia 13 de maio, após ser submetida a um procedimento de cirurgia plástica no Hospital Militar em Cuiabá. Ela foi encaminhada ao Hospital Sotrauma após passar mal e não resistiu. Ela era casada e tinha uma filha pequena.

No dia 11 de maio, Daniele havia feito uma postagem em um grupo de mamoplastia no Facebook dizendo que iria operar pelo Programa Plástica para Todos. O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), afirmou que os médicos que operaram a vítima não possuíam registro de especialidade no Estado.

A esposa de Daniele, Simone, a acompanhou no dia do incidente. Ela contou depois, no boletim de ocorrências, que, já no quarto, sua esposa apresentou sangramento nas costas e dedos esbranquiçados. Ela ainda disse que teve que esperar por uma hora até que um médico chegasse e teve que deixar um cheque caução no valor de R$ 17,5 mil para que Daniele fosse transferida.

O Programa Plástica para Todos é recente em Cuiabá e sua divulgação acontece em um grupo fechado do Facebook, com mais de 7 mil mulheres. A empresa afirma que não houve erro médico. Nesta semana, por determinação do Conselho Regional de Medicina, as cirurgias agendadas para o Plástica para Todos foram suspensas. 


Olha Direto

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