sábado, 14 de julho de 2018

Santa Casa é condenada a pagar indenização por suposto erro médico


A Santa Casa de Misericórdia de Pirassununga foi condenada em pagar em segunda instância o valor de pouco mais de R$ 782 mil de indenização para a esposa e filhos do então instrutor de auto-escola, Ítalo José Mendes de Oliveira, o qual veio a óbito no hospital no ano de 2009 após uma picada de cobra. Teria ocorrido um suposto erro na aplicação do soro antiofídico, já que a vítima havia sofrido uma picada de cascavel e recebeu soro para a cobra jararaca.

A Justiça, para chegar a tal valor de indenização para a família, avaliou o salário de Ítalo Mendes à época de sua morte e multiplicou o valor até que ele completasse 73 anos de vida. A condenação chega quase nove anos completos após a morte do instrutor. A Santa Casa de Pirassununga já havia sido condenada em 2015a pagar uma indenização à família da vítima e o médico foi condenado por homicídio simples a pena de 1 ano, 6 meses e 20 dias em regime aberto.

De acordo com a Santa Casa, o departamento jurídico tomou conhecimento da decisão da Justiça na última quarta-feira (11) e poderá buscar acordo com a então empresa que administrava o Pronto Socorro na oportunidade, ano de 2009, bem como com o médico que teria aplicado o soro.

O caso

A morte foi registrada por boletim de ocorrência de morte suspeita no dia 16 de novembro de 2009. O histórico mostra que no dia 7 de novembro (uma sexta-feira), a vítima Ítalo (então com 45 anos) estava com amigos em um pesqueiro ao longo do Rio Jaguari quando por volta das 17h20 foi picado por uma cobra cascavel. Ele foi socorrido por seus próprios amigos ao Pronto Socorro. A cobra foi capturada e também levada para que os profissionais da saúde pudessem saber qual tipo de soro a ser aplicado.

Segundo a esposa de Ítalo, durante visita noturna, o marido dizia estar bem, mas ao retornar no dia seguinte estava sentindo muitas dores, além de vômitos. Na manhã do sábado (8 de novembro) o instrutor foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva permanecendo em coma induzido. No domingo (10 de novembro) ele entrou em coma por parada cardíaca e às 22h30 veio a óbito devido a falência múltipla dos órgãos.

Após essa morte, um inquérito foi aberto, administrado pela Polícia Civil, o qual posteriormente se tornou um processo que culminou na condenação do médico e da Santa Casa de Misericórdia.


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