Uma gravidez de risco acabou de forma triste para Walquíria Henriques Jerônimo de Sales, 22 anos. Com 37 semanas, ela perdeu o bebê. Mas a dor da mãe foi agravada ao ter que esperar 5 dias para a retirada de seu filho, que já tinha até o nome escolhido: Heitor. Chamado pela família de Walquíria, o Jornal CORREIO tentou conversar com a jovem, que ainda estava internada no hospital Queluz, mas teve o acesso ao quarto proibido pelo hospital. No entanto, o caso foi relatado em detalhes pela mãe da jovem.
Na opinião de Selma Ortolan Henriques, 46 anos, houve negligência por parte do hospital Queluz no caso de sua filha. "Na quinta-feira, dia 17, a Walquíria foi se consultar e, quando fez o ultrassom, o médico disse que o bebê dela estava morto. Então, ela foi para o hospital Queluz, onde ficou internada. A morte do Heitor foi confirmada em uma nova ultrassom feita no dia seguinte. A partir daí, os médicos ficaram só aplicando remédio para fazer o parto normal; só enrolando ela", afirma.
Na segunda-feira, dia 21, foi feita uma cesárea para a retirada do bebê: "Desde quinta-feira, a Walquíria ficou sofrendo com o bebê morto no ventre. Ela estava grávida de oito meses e fazia o pré-natal, mas era uma gravidez de risco, porque estava com muito líquido na barriga. Se não bastasse a morte do menino, a espera pelo procedimento trouxe muita dor. Minha filha chorou bastante e só teve coragem para ver o rostinho do filho na hora em que ele ia ser sepultado. Ela se emocionou", lamenta. Antes do sepultamento, o menino foi registrado pelo pai, Vanderlúcio Bravo, como Heitor Gabriel Henriques Bravo.
Hospital se posiciona
Em atenção ao ofício enviado, a administração do Hospital Queluz informou que a paciente Walquiria Sales estava na 37ª semana gestacional, com diagnóstico de perda fetal intra-útero confirmada em ultrassonografia, tendo sido internada na sexta-feira, dia 18. "Nesse quadro clínico, a conduta médica indicada através dos protocolos e literatura médica é a de indução do parto, para diminuir os riscos anestésicos e cirúrgicos, principalmente, as infecções e hemorragias. Tal conduta médica foi assim realizada e a paciente, assistida durante toda sua internação. Espera-se que ocorra a resposta clínica em até 72h, com o desencadeamento do parto natural. Mas ao término desse prazo de 72h não houve evolução do parto normal, sendo, então, realizada a cesariana, que aconteceu sem intercorrências e com sucesso terapêutico. A paciente Walquíria recebeu alta hospitalar sem quaisquer complicações na manhã do dia 23/01/2019", relata a nota.
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