quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Recém-nascido tem perna fraturada e família denuncia negligência médica no AM

Avó percebeu inchaço na perna durante o banho, ainda na maternidade, neste domingo (27).


A família de um bebê de três dias denunciou uma maternidade por negligência médica após a criança ter a perna fraturada durante o parto, em Manaus. Segundo a avó, cerca de 48 horas após o parto, ela percebeu o inchaço na perna do bebê, ainda na maternidade. O hospital informa que esse tipo de incidente é comum em partos onde o bebê não está na posição ideal. A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) abriu uma sindicância para apurar o caso.

Em entrevista à Rede Amazônica, a avó da criança, Ivanete Damasceno, informou que a filha procurou atendimento médico na quinta-feira (24) após começar a perder líquido. Em um posto de saúde, ela foi orientada a procurar a maternidade Balbina Mestrinho, na Zona Sul da capital.

Na unidade de saúde, a mãe foi orientada a esperar para fazer um parto cesárea, pois a mãe ainda tinha sete meses de gestação e o bebê ainda não estava na posição ideal para o parto. Os médicos a medicaram e ela esperou, em jejum, mais de 24 horas até o nascimento da criança.

Quase 48 horas após o nascimento, a avó foi dar banho neste domingo (27) na criança e notou algo estranho. “Quando eu peguei para dar banho eu notei que a perna dela estava inchada e chamei a minha filha. Falei para comunicar para a pediatra, e uma enfermeira veio medir a temperatura e ela já estava em estado febril. Quando a pediatra veio avaliá-la, que pegou na perna dela, ela já me disse ‘É fratura, eu vou pedir um raio-X mas eu estou sentindo uma trepidação no osso’”, disse.

A menina foi encaminhada ao Pronto-Socorro da Criança, na Zona Leste da capital, onde passou pelos procedimentos de anestesia e imobilização da perna.

“Teve que ficar em jejum durante seis horas e depois ela pegou por todo esse processo e tiveram que engessar a perna dela, não tinha nem 48 horas de vida e já estava com a perna engessada”, disse a avó.

Após retornar à maternidade, a criança foi colocada em observação no centro cirúrgico da unidade.

“Disseram que, por ser um parto pélvico, isso é um risco que pode ocorrer na hora de tirar a criança e que às vezes acontece. Infelizmente, foi com a minha neta”, disse Ivanete.

Em nota, a Susam informou que está levantando as circunstâncias do parto para saber se houve falha no atendimento e no procedimento. Uma sindicância será aberta para apurar o caso.


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