O médico Wesley Murakami, acusado de deformar o rosto de pacientes de Goiás e do Distrito Federal durante procedimentos estéticos, foi solto pela Polícia Civil do Distrito Federal. O cirurgião estava preso temporariamente desde dezembro do ano passado, quando acabou detido em operação promovida pela corporação nas clínicas que possui no estado de Goiás.
De acordo com a Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), Murakami foi preso para a coleta de provas nas clínicas e residências do médico, e para evitar a destruição das provas e intimidação das vítimas.
“A prisão do médico também visou identificar novas vítimas no DF”, declarou em nota a PCDF. Ele foi solto na semana passada.
Murakami teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do DF e não pode mais exercer a função. Em caso de descumprimento da decisão, outro pedido de prisão poderá ser feito pela Justiça.
A Polícia Civil de Goiás, por sua vez, informou que 13 pessoas já prestaram depoimento no 4º Distrito Policial de Goiânia e aguarda os laudos do IML sobre a gravidade das lesões. Ao todo, 14 vítimas procuraram a PCGO para denunciar o profissional.
O médico se tornou alvo de processo ético após mais de 30 pacientes denunciarem procedimentos cirúrgicos malfeitos.
A interdição vale para todo o território nacional. O prazo para apuração dos fatos é de seis meses, podendo ser estendido por igual período. A pena pode ir de uma simples advertência à cassação do registro médico.
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