O ferimento na cabeça de um menino de 10 anos foi suturado sem que o cabelo dele fosse raspado no Hospital Municipal Ouro Verde, em Campinas. A situação revoltou a mãe da criança. Gláucia de Souza conta que o filho caiu enquanto brincava no condomínio, que fica no Jardim Satélite Íris. Chegando ao Hospital Ouro Verde, esperou 2h30 antes de ouvir dos funcionários que não havia lâmina. O temor dela agora é que a ferida infeccione.
O fato foi compartilhado por familiares do garoto nas redes sociais e chamou a atenção de moradores e até de profissionais que trabalham no local. Um deles não quis se identificar e pediu que a voz fosse distorcida devido ao medo de sofrer algum tipo de sanção, punição, ou de ser demitido. Ele relata que a rouparia também está desfalcada e confirma que a falta de lâminas faz com que os trabalhadores tenham que recorrer ao bisturi.
A Secretaria de Saúde foi procurada para comentar o caso e afirmou em nota que “não há falta de lâminas no Hospital Ouro Verde neste momento”. Segundo o comunicado, “a direção da unidade informa que não há obrigatoriedade de realizar tricotomia, ou raspagem no local a ser suturado”.
No texto, alega que “a realização desse procedimento antes da sutura pode, inclusive, aumentar o risco de infecção”, conforme recomendação da OMS. Justifica ainda que é feita a higienização do couro cabeludo e que, depois do procedimento, “a recomendação é manter a limpeza diária com água e sabão”. Por fim, informa que se “a criança apresentar qualquer sinal de febre ou inflamação local, deverá retornar ao pronto socorro infantil” da unidade.
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