Na manhã desta quinta feira (5), houve a primeira audiência de instrução de julgamento do médico ortopedista Kid Nélio. Ele é suspeito de estuprar ao menos dez pacientes de uma clínica particular e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife.
A audiência começou às 11h, tendo testemunhas de defesa e acusação ouvidas. O processo segue em segredo da justiça. O infrator esta preso no Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel) desde o dia 2 de março deste ano.
O Caso
Segundo a Polícia Civil, uma jovem de 18 anos denunciou ter sido estuprada durante um atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira na manhã do dia 21 de Fevereiro. Ela afirmou que sentiu dor nos braços e na coluna após de uma queda numa escada no dia anterior, o que ocasionou sua ida para o hospital.
A polícia afirma que a jovem teria ido à UPA e, durante o atendimento inicial, não houve problemas no atendimento do médico. No entanto, após fazer exames solicitados pelo ortopedista, ele fechou a porta da sala e realizou a violência. Ainda de acordo com a polícia civil, a vítima correu para sua casa após Kid Nélio terminar o estupro.
Os relatos
Segundo a jovem, o médico teria passado a mão no corpo da paciente e pedido para que ela realizasse movimentos, como permanecer agachada com as no chão, após ela entrar na sala de atendimento. A vítima contou que questionou atendimento por ter estranhado a abordagem e ele que era um procedimento padrão daquele atendimento.
Ainda dentro da sala, o médico teria abaixado o short da paciente, pedindo para que ela segurasse a porta, que não possuía trinco. Nesse momento, segundo a denúncia, houve a violência contra a vítima que ejaculou nas nádegas dela e ainda a limpou e prescreveu medicamentos para a jovem.
Após sair da UPA, a mulher relatou o que teria acontecido à mãe que a aconselhou a procurar a polícia e realizar a denúncia. A jovem foi até a delegacia e realizou exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) de Recife.
Após receber a denúncia, os policiais telefonaram para UPA onde o crime ocorreu e eles constataram que o médico não estava mais no local, impedindo, assim, um flagrante de delito. A vítima não soube informar o nome do suspeito mas apresentou a ficha de atendimento e o exame de raio-x que confirmou o atendimento na unidade na manhã do dia em que o crime havia sido efetuado.
Erros médicos
Segundo a Polícia Militar, o suspeito ainda responde na justiça por supostos erros médicos realizados em cirurgias. Um dos casos teria acontecido em 2016, quando ele realizou uma cirurgia de maneira incorreta, sendo necessário que um outro médico concertasse o erro de Kid Nélio.
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