Coari/AM - Em contraponto a versão apresentada pelo Hospital, a mãe do recém-nascido morto na manhã da última terça-feira (8) no Hospital Regional de Coari fez novas alegações sobre o caso.
De acordo com Adelaide Castelo Branco, 19, a mesma já estava sentido dores a 39ª semana e foi orientada pelo hospital como sendo natural para o período. Após ter completado 41 semanas indo todos os dias ao Hospital, as dores estavam intensificadas e então foi marcada a internação.
Sobre o dia do parto, a mãe do bebê apresentou documentação que mostram sua entrada ao hospital com atendimento às 8h04 da manhã e que a liberação para o parto cesariana apenas 22h30 quando houve o retorno ao hospital do médico que havia atendido a mesma no período da manhã.
Durante esse intervalo, Adelaide alegou ter sido cuidada apenas por enfermeiros e sempre induzida através de medicação ao parto natural, entre as medicações estariam doses de Misopostrol, que a mãe do bebê alegou terem lhe causado muitos efeitos colaterais, junto com alteração no batimento cardíaco do bebê. "Eu vomitei muito quando passei pelo exame do toque pela segunda vez pra colocar esse remédio. Cheguei até a vomitar no parto, logo depois que o meu bebê foi tirado. Então eles me cedaram e não vi mais nada". A medicação informada pela paciente é considerada de uso cauteloso pela Anvisa, e acima de 4 doses pode ser considerado abortivo.
O parto em modo cesária foi realizado às 23h da noite de terça-feira (7), 4 horas depois do sinal de saída do tampão pelo relatório do hospital, e de acordo com a autópsia realizada com autorização dos pais, foi apontado que o pequeno sofreu de insuficiência respiratória, por ingestão de água com fezes dentro da barriga. Adelaide também alegou que no hospital não haviam encubadoras ou oxigênio para balões de ar e que não houve atendimento do médico responsável pelo caso após o parto, deixando seu bebê aos cuidados dos enfermeiros de plantão. "A minha irmã que postou no Facebook e marcou pessoas um médico conhecido daqui e ele ajudou a gente trazendo as máquinas que precisavam, mas até de manhã o meu bebê já não tinha aguentado".
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