Doença grave só foi diagnosticada em Dourados, depois de diversas visitas ao serviço de saúde em Bandeirantes
Familiares de Miguel Otávio Vilela Santos, 3 anos, acusam o serviço de saúde de Bandeirantes, a 100 quilômetros de Campo Grande, de descaso. Apesar de inúmeras consultas e insistência da família para aprofundar os exames no pequeno, ele só foi diagnosticado com um tumor após se tratar em hospital de Dourados.
Quem denuncia diz que o pouco caso dos médicos e da secretaria de Saúde de Bandeirantes é em razão da família ser de baixa renda.
Orlando Junior Ojeda, irmão de Miguelzinho, postou nas redes sociais que, quando o menino era levado ao Hospital de Bandeirantes com dores, eram dados vários diagnósticos como gripe, tosse, verme, gases e pneumonia. O pai do menino, Orlando Rodrigues, alega que insistia por exames mais detalhados, o que era ignorado pelos médicos.
"Pai, fica tranquilo, não é nada. Não tem necessidade de exames", revela Rodrigues. Diante da debilidade do garotinho, ele decidiu levar o menino para tratamento em outra cidade, onde mora o irmão dele, no dia 5 de novembro. E foi aí que veio o diagnóstico nada positivo. Miguelzinho tinha um tumor de 14 centímetros no rim.
''Certamente se os médicos de Bandeirantes tivessem pedido um simples exame, seria descoberto muito antes e seria mais fácil o tratamento'', lamentam os familiares.
Atualmente Miguelzinho está internado no Hospital Regional em Campo Grande. Em razão do tratamento, ele precisa de sangue A+, O+, AB ou B+.
Campanha
Amigos e familiares do garotinho vão realizar um almoço beneficente para arrecadar fundos e ajudar no tratamento médico. Os telefones para contato e doações são: (67) 99625-7023 ou 99616-6787.
Resposta
Segundo divulgado por amigos da família, houve contato com a secretaria de Saúde de Bandeirantes, mas ninguém atendeu o telefone.
Na rede social, a família postou um desabafo em tom de ironia direcionado ao prefeito e autoridades da Saúde de Bandeirantes.
Em um dos trechos, a família diz a secretária de Saúde: '' Quero agradecer aqui sra. Secretaria pela indisposição, falta de ética moral, em me dizer que os médicos fizeram o que estava ou alcance deles e a disposição. Quero dizer senhora a Secretária Que em nossa cidade tem uma máquina que faz Ultrasom, e se os médicos tivessem ao menos compaixão, minha família não estaria passando o que estamos passando''.
Em outro ponto da nota, o irmão de Miguelzinho diz: ''obrigado a todos pela irresponsabilidade, pois se nossa cidade não tivesse estrutura para um simples procedimento, eu ficaria quieto...mas nossa cidade tem capacidade para realizar muitos procedimentos que salvaria vidas, mas estão usando as máquinas publicas para tirar vidas....fica aqui minha indignação''.
A reportagem também tentou contato com a assessoria do município, mas sem sucesso.
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