sábado, 19 de janeiro de 2019

“A situação aqui é muito precária’, denuncia mulher de paciente do Hospital de Universitário, em Petrolina


A leitora Maíra Santos Bezerra, entrou em contato com a redação do Portal Preto No Branco, para denunciar a demora no atendimento, a superlotação e a precariedade do Hospital Universitário de Petrolina-PE, antigo Hospital de Traumas. Ela esta acompanhando o esposo, que deu entrada na unidade no domingo (13) e até hoje aguarda por um procedimento cirúrgico, que de acordo com ela, deveria ter sido feito com urgência.

O paciente Ueverton dos Santos Lira teve fratura exposta no ombro esquerdo, após sofrer um acidente de trânsito no município de Remanso-BA, onde reside. Inicialmente ele foi atendido no hospital da cidade e em seguida foi encaminhado para o HU.

“Quando ele caiu da moto acabou batendo com a cabeça no chão e apesar de está com o capacete, ele chegou até o hospital desacordado. Apesar disso, o médico solicitou apenas exames de Raio x e não o encaminhou para o neorologista”, relatou Maíra.

Ainda de acordo com ela, após avaliar os resultados dos exames, o médico informou que o paciente deveria ser medicado e ficar em jejum para ser submetido a uma cirurgia de urgência. “Ele estava sentindo fortes dores pelo corpo e vomitando, mas apesar disto, meu esposo ficou sem receber medicação e sem se alimentar das 16 horas do domingo, até às 13 da segunda. Ele só foi medicado e só saiu do jejum porque procurei por duas vezes a enfermeira para reclamar”, acrescentou.

Maíra disse também que desde que chegou ao HU, o paciente está em uma maca no chão do corredor do hospital. “A situação aqui é muito precária. O corredor está lotado de pacientes, que se alimentam em meio a poças de sangue. Estamos todos aqui expostos a diversas doenças. Eu estou dormindo no chão, pois eles não disponibilizaram nenhum acento. O descaso é grande”, afirmou.

A leitora reclamou da situação na Ouvidoria do HU, que solicitou a avaliação do atendimento. Mas apesar disto, de acordo com a acompanhante, o paciente só foi atendido pelo médico ortopedista às 12h10 da terça-feira. “Por conta da demora no atendimento e exposição em ambiente impróprio o paciente acabou adquirindo uma forte infecção no local da fratura. O braço do meu marido está muito roxo e estamos com medo que ele acabe perdendo o membro. Ele entrou aqui com um problema e por conta da negligência do hospital, acabou adquirindo mais um outro problema”, lamentou, indignada com a situação.

Maíra informou que o paciente passou por um procedimento de raspagem para retirar as impurezas do ferimento e está sendo medicado com antibióticos, que devem ser administrados por sete dias.

“Não temos nenhuma informação sobre quando ele vai passar pela cirurgia, que poderia ter sido feita antes da infecção que agravou o quadro. Também procuramos o Ministério Público para denunciar o caso. A situação do hospital não pode continuar desta forma”, finalizou a leitora.

O PNB está encaminhando a denúncia para o Hospital Universitário de Petrolina-PE.


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