Até quando prefeito, arujaenses vão morrer por falta de sistema de saúde adequado? |
A cena é de desespero. Na cidade muita gente preocupada com o que vem acontecendo na área de saúde do município, muita gente não sabe explicar ao certo o que de fato está acontecendo, apenas acusam pelas fatalidades. A classe política se calou diante da atrocidade que vive Arujá, talvez em seu pior momento desde sua emancipação política administrativa. O medo, a insegurança e a falta de atitudes das autoridades competentes é o que mais preocupa a população arujaense que se encontra a mercê do poder público.
Vítimas: Na última semana, a vítima foi a senhora Maria Bernadete da Silva, de 66 anos. Segundo familiares, teria ocorrido erro médico. Na semana anterior, um senhor passou mal e foi levado ao Pronto Atendimento (PA) na área central, porém, sem recursos necessários, acabou falecendo. Um dos depoimentos relata a decadência do sistema de saúde arujaense: “Este P.A é um lixo! Uns dois anos atrás quase morri nele, ainda bem que conseguiram me transferir para o Incor em São Paulo, onde passei por diagnósticos precisos, senão, este depoimento não existiria. É lastimável que o P.A da cidade funcione nessas condições”, lamentou uma das vítimas que relatou seu drama nas redes sociais.
Entenda o caso: Maria Bernadete chegou no P.A Central no último sábado, dia 12 com dores e vômito. Na consulta, ela teria dito que estava com uma infecção na urina, o médico que atendeu, receitou morfina, fato que teria prejudicado a saúde da idosa em razão do remédio ter sido aplicado no braço e não no pescoço. Após ela tomar a medicação, Maria passou mal, porém, acabou em observação por três dias. Profissionais da área disseram que a senhora teria que ficar entubada, já neste momento, começou o desespero dos familiares, uma das filhas, Rose Silva, desesperada chegou a pedir socorro por meio das redes sociais. A falta de medicamentos e materiais cirúrgicos, como, por exemplo, cateter e omeprazol aumentaram o desespero dos familiares vendo a ente naquele estado. Após muitas horas de agonia, finalmente a idosa acabou sendo entubada. Parecia ser o fim do sofrimento, mas, só estava começando. Lembrando que o remédio omeprazol foram os familiares que compraram em uma farmácia. Já na segunda-feira (14), em razão do suposto erro médico na aplicação do medicamento e o gerador que era mantido ligado, para a idosa que estava entubada parou de funcionar por problemas, a senhora Maria não resistiu e acabou indo a óbito, o que causou revolta e indignação da família que não poupou palavras para dizer que foi negligência assinalada por erro médico. “A saúde de Arujá pede socorro, se você precisar de ir ao médico, não leve seus parentes e nem vá, procure outra cidade. Aqui você entra com uma simples dor de cabeça e sai no caixão”, alertou Ismael Antônio, o Índio da Cachoeira.
Outro lado: A reportagem procurou o prefeito José Luiz Monteiro (MDB), também a secretária municipal de Saúde, Carmem de Araújo Pellegrino para falar sobre o caso, porém, até o fechamento desta edição não houve resposta. O jornal também entrou em contato por várias vezes com o Diretor Geral, Joncy Jose da Silva Filho, inclusive foi deixado recado para ele retornar das ligações, mas, preferiu se calar diante das atrocidades que vem ocorrendo na cidade.
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