Técnica de enfermagem foi afastada depois de denunciar irregularidades no Posto de Saúde União e na UBS Jardim Vitória I
A técnica de enfermagem Marluce Alves e Silva, que denunciou irregularidades na UBS Jardim Vitória I em 2016, registrou Boletim de Ocorrência (BO) na 1ª Delegacia da Capital, com quatro testemunhas, para denunciar constrangimento ilegal por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
Segundo o BO registrado no dia 27 de dezembro de 2018, em janeiro do mesmo ano, ao retornar ao trabalho na UBS Jardim Vitória I após o recesso de final de ano, foi informada que não trabalhava mais naquela unidade. A técnica de enfermagem, que é concursada, foi informada que o documento designando o afastamento estava na secretaria, porém ela não foi formalmente notificada. Na ocasião servidores da UBS chegaram a chamar a polícia para retirá-la do local, e a servidora chegou a ser algemada.
Ao procurar o departamento de Recursos Humanos (RH) foi informada que a publicação do remanejamento "estava na corregedoria". Alguns dias depois, chamada pela Corregedoria, foi informada que deveria permanecer em casa enquanto apuravam "o motivo da reclamação da enfermeira e das técnicas de enfermagem da UBS" e o seu salário não seria descontado.
Porém, segundo consta no BO , ela teve teve 30 dias de trabalho descontados em agosto e não recebeu a segunda parcela do 13º salário.
No registro de ocorrência a servidora pede providências por parte das autoridades competentes.
Para o Caldeirão News Marluce afirmou que desde que registrou a denúncia no Ministério Público passou a sofrer constrangimentos no trabalho. Ao MP a técnica de enfermagem relatou falta de condições de trabalho no PSF Jardim União, desvio de função (funcionário da limpeza entregando medicamentos), falta de médicos, não realização de visitas nos domicílios dos pacientes, funcionários dispensados para ficar em casa. Além disso, informou a falta de controle de assiduidade dos médicos por parte da gestora do PSF União.
"Eles tentam me fazer parecer louca", diz a servidora, que explica que a estratégia dos responsáveis é desqualificar as denúncias.
Sobre a denúncia apresentada ao MPE em fevereiro de 2016 Marluce Alves diz não saber "em que pé está".
O promotor Alexandre foi lá no PSF, mas eles fazem um teatro e escondem tudo. Quando vão lá eles me afastam pra eu não bater de frente com eles, afirma Marluce.
Outro lado
A redação entrou em contato com a assessoria de comunicação da SMS, mas até o momento da publicação desta matéria não tivemos resposta. Assim que enviada será publicada nesta página.
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