Um hospital em Santo André (SP) trocou o corpo de uma idosa pelo de um homem com suspeita de contaminação pelo coronavírus.
O erro fez com que a família de Dona Amir Martins da Silva, de 92 anos,
fizesse o enterro do corpo errado e com caixão lacrado, já que o
hospital disse que ela tinha morrido com coronavírus. As informações são
do jornal Bom Dia SP, da TV Globo.
Segundo a família, há cerca de
15 dias a idosa caiu e quebrou o fêmur. A mulher foi internada no
Centro Hospitalar de Santo André e o estado dela piorou. Ela morreu de
broncopneumonia.
Nelson Gil da Silva, filho de Amir, conta que após receber a notícia
da morte da mãe, foi até o hospital onde o necrotério informou que
somente a funerária poderia entrar para a retirada do corpo. O
protocolo de Covid-19 foi aplicado e o corpo saiu do hospital já em um
caixão lacrado.
Após a cerimônia de sepultamento, que não teve
velório, o hospital ligou para os familiares e informou que havia
trocado os corpos. “Lá no hospital eles falam que a culpa não foi deles,
que estava tudo devidamente etiquetado. Eles falaram que era pra ter
uma no peito, nos pés e do lado de fora do saco plástico, essa do lado
de fora do saco não tinha, ela não foi colocada. Eu estive lá e eu vi, a
do peito da minha mãe, eu vi a identificação”, afirmou Nelson ao Bom
Dia SP.
O erro só foi descoberto quando a família de Francisco
Carlos da Silva, de 54 anos, foi liberar o corpo e notou que se tratava
de uma mulher. As duas famílias registraram um boletim de ocorrência
contra o hospital. A delegada exigiu a exumação do corpo de Francisco. O
corpo da Dona Amir seria enterrado na manhã desta quinta-feira (9).
Em
nota, a Prefeitura de Santo André confirmou o ocorrido e informou que
considerou a troca dos corpos como um constrangimento “inconcebível”. O
prefeito Paulo Serra exigiu uma apuração imediata do ocorrido e não
descarta a possibilidade de afastar os possíveis responsáveis pela
troca.
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